Na Aneel, Alexandre Baldy quer impedir que Goiás leve prejuízo com venda da Enel
Empresa pretende lucrar R$ 8 bi em seis anos de prestação de serviços marcada por reclamações
O presidente do Progressistas (PP) de Goiás e pré-candidato ao Senado, Alexandre Baldy, esteve nesta quarta-feira (4) em Brasília, em reunião com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, em busca de esclarecimentos sobre uma possível venda das ações da Enel Goiás, responsável pela concessão de energia elétrica no Estado.
Baldy cobra esclarecimentos sobre os compromissos assumidos pela Enel em Goiás, qual a porcentagem do plano de execução da empresa foi realmente colocado em prática e solicitou ainda que a Aneel impeça qualquer ganho financeiro dos controladores da empresa italiana, em uma possível venda da Enel Goiás para outro grupo. O político goiano entende que se surgir um interessado em assumir a concessão, essa transferência não implique em lucro para os atuais donos, que ainda têm compromissos para serem cumpridos em Goiás.
Lucro de R$ 8 bilhões
Os italianos pagaram R$ 2,1 bilhões na antiga Celg-D em 2016. A informação é que a companhia foi avaliada hoje em R$ 10 bilhões com as dívidas. “Eu entrego esse pedido ao diretor-geral Ricardo Pepitone para que ele não permita que haja qualquer ganho financeiro na transferência da concessão da Enel para um novo interessado”, ressaltou Baldy.
Esse lucro pode evidenciar que o grupo italiano está interessado em ganho financeiro com o negócio, já que a concessão da Enel em Goiás foi marcada por desprezo quanto aos impactos sociais negativos pela má prestação do serviço. Alexandre Baldy disse ainda que não se pode permitir um lucro exorbitante em cima de uma concessão que até o momento prejudicou milhões de goianos.
Com a possibilidade de venda, o que se discute é o impacto para Goiás quanto à prestação do serviço. Alexandre Baldy quer saber também o percentual de execução do plano de ação em Goiás e o que a Aneel pode fazer para obrigar que a empresa cumpra seus compromissos com a população goiana. A antiga Celg-D, foi privatizada em 2016, quando foi arrematada pela Enel em lance único de R$ R$ 2,1 bilhões. A Eletrobras e o governo estadual eram os principais acionistas da distribuidora, que era administrada pela estatal federal.
André Pepitone se comprometeu a tomar todas as providências cabíveis. “No que for possível, vamos encaminhar o caso à Procuradoria-Geral da Aneel e, nesse processo de transferência, se acontecer, estaremos atentos a essas colocações [de Baldy]”, respondeu o diretor-geral.
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