Caminhada em Aparecida estimula autocuidado com a saúde mental
“Algumas pessoas ficam incapazes de administrar a própria vida”, enfatizou Dariel Machado, coordenador do Caps Bem-Me-Quer, responsável pela iniciativa
“A vida pede equilíbrio.” “Cuidar da mente é cuidar da vida.” Foi reverberando essas mensagens que a coordenação e usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Bem-Me-Quer realizaram nesta segunda-feira (16) uma caminhada no Residencial Anhambi, onde fica a instituição, alertando para os cuidados com a saúde mental. O ato ocorreu em alusão ao Janeiro Branco. É uma campanha que dedica este mês para conscientizar a população sobre a prevenção a doenças psicológicas. Depressão, estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade social e transtorno obsessivo-compulsivo são alguns dos males que podem acometer pessoas com saúde mental fragilizada. Essas e outras doenças estão no radar do Janeiro Branco. Dariel Machado, coordenador do Caps Bem-Me-Quer, liderou a caminhada. Segundo ele, a ação buscou conscientizar também para a importância de procurar ajuda quando há dificuldade de lidar com o luto. O gestor informou que após a pandemia a demanda no Caps aumentou 20%. Os principais casos são de ansiedade, depressão e tentativa de autoextermínio. “Devido ao transtorno mental, algumas pessoas ficam incapazes de administrar a própria vida. Portanto, o nosso objetivo aqui é devolver a autonomia desses usuários”, explicou Dariel. Com equipes multidisciplinares integradas por médicos, assistentes sociais, farmacêuticos, musicoterapeutas, psicólogos, enfermeiros e outros profissionais, o Caps oferece aos usuários acolhimento, atividades em grupo e oficinas psicoterapêuticas. Luta contra o preconceito Um dos usuários do Caps Bem-Me-Quer é César Augusto Nascimento, presidente da Associação Vida Nova, que milita por pessoas com saúde mental fragilizada. Ele disse que essas pessoas e seus familiares enfrentam o desafio de combater também o preconceito. César enfatizou na caminhada: “A gente tem que carregar o respeito mútuo, porque não é porque a pessoa tem um transtorno, que ela não deve ser respeitada”. Outra participante do evento, Alessandra Santiago reafirmou a importância de buscar assistência para cuidar da saúde mental. “Se a gente não fizer o tratamento, são muitos os agravantes”, finalizou Alessandra, moradora do Jardim Belo Horizonte. Informações/ Aparecida de Goiânia
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