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Projetos em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás contemplam mais inclusão de pessoas com deficiência

Projetos em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás contemplam mais inclusão de pessoas com deficiência

Projetos em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás contemplam mais inclusão de pessoas com deficiência

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Saúde e divulgada em 2021, apontaram que 8,4% da população brasileira acima de 2 anos de idade– o que representa 17,3 milhões de pessoas – têm algum tipo de deficiência. Quase metade dessa parcela (49,4%) é de idosos.

O levantamento também revelou a desigualdade que essa parcela da população enfrenta na educação e no mercado de trabalho. Enquanto apenas 28,3% das pessoas com deficiência (PCDs) em idade de trabalhar (14 anos ou mais de idade) se posicionam na força de trabalho brasileira, entre as pessoas sem deficiência, o índice sobe para 66,3%.

Com relação à escolaridade, o desnível entre os dois públicos permanece. Quase 68% da população com deficiência não têm instrução ou possui o ensino fundamental incompleto, índice de 30,9% para as pessoas sem nenhuma das deficiências investigadas. Esses são apenas alguns números que mostram que a despeito de muitos avanços, ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir os direitos de pessoas com deficiência. Nesse sentido, deputados têm apresentado diversas propostas direcionadas a proporcionar melhorias a esse público.

Dois projetos em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) sugerem mudanças para melhorar o acesso de PCDs ao mercado de trabalho. Projeto do deputado Talles Barreto (UB), protocolado no último mês de agosto, visa garantir à pessoa com deficiência auditiva ou surdez a realização de prova de concurso em Libras.

A matéria estabelece alteração nas normas gerais para realização de concurso público pela administração direta, autárquica e fundacional do Estado de Goiás. Para o parlamentar, a legislação não confere um tratamento justo e igualitário a pessoas com deficiência visual. “Assim, buscando assegurar aos deficientes auditivos a igualdade de condições com os demais candidatos é que apresentamos essa proposição, que sem dúvida, se mostra de extrema importância para garantir o acesso aos cargos públicos”, justifica Barreto. O processo de nº 10565/22, aguarda deliberação junto à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

Orientação similar é dada pelo processo nº 1692/22, do deputado Chico KGL (UB). A propositura visa estimular o aprendizado de Libras ao conferir aos candidatos com conhecimento avançado na área a mesma pontuação atribuída aos cursos de especialização, em avaliações de prova de títulos de concursos públicos da administração estadual.

Pensando, ainda, nas crianças com deficiência, o deputado Lucas Calil (MDB), está propondo a instalação de brinquedos adaptados para esse público, em locais públicos de lazer em Goiás. Segundo a matéria, protocolada com o número 7912/21, esses equipamentos deverão ter, um parecer técnico prévio de entidade pública voltada à assistência de pessoas com deficiência.

A intenção do parlamentar é assegurar o acesso de crianças com deficiência a brincar, praticar esportes e divertir-se, atividades essenciais para o seu desenvolvimento pleno. A propositura foi apensada à de nº 5293/19, do deputado Delegado Eduardo Prado (PL), que determina a obrigatoriedade de brinquedos e equipamentos de lazer adaptados em espaços de uso público.

Com teor semelhante e ainda apensada ao projeto anterior há a proposta nº 5296/19, da deputada Lêda Borges (PSDB), que tem por finalidade assegurar melhoria na qualidade de vida das crianças com deficiência em Goiás com a instalação de brinquedos adaptados nos parques e áreas de lazer públicas ou particulares.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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