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Com sanção de lei, Goiás agora tem Política Estadual de Tecnologia Social

Com sanção de lei, Goiás agora tem Política Estadual de Tecnologia Social

Com sanção de lei, Goiás agora tem Política Estadual de Tecnologia Social

Está instituída, em Goiás, a Política Estadual de Tecnologia Social, com o objetivo de promover, potencializar, organizar, desenvolver, fomentar e fortalecer as atividades de tecnologia social. Trata-se da Lei Estadual nº 21.776 (originalmente projeto de lei nº 4785/19), de autoria do deputado Virmondes Cruvinel (UB), sancionada pela Governadoria neste mês. 

A lei tem o intuito de aproximar e estreitar as relações entre a tecnologia e as necessidades de melhoria de qualidade de vida da população. Segundo Virmondes, as tecnologias sociais procuram aliar o saber popular, a organização social e os conhecimentos científicos e tecnológicos, podendo auxiliar na solução de problemas relacionados, por exemplo, com alimentação, saúde, saneamento, habitação e defesa do meio ambiente. Na opinião do legislador, ao estabelecer a proposta da matéria apresentada, também irá contribuir para a autonomia das pessoas com deficiência, para o resgate de conhecimentos de povos indígenas e para o atendimento de outras demandas sociais.

"As tecnologias sociais favorecem, ainda, a interação entre o conhecimento popular e o conhecimento científico, tendo como objetivo geral a melhoria da qualidade de vida e, como resultado, respostas concretas às demandas e necessidades da população", defende Cruvinel. O deputado ressalta que essas tecnologias podem ser descritas como técnicas, procedimentos, metodologias e processos, produtos, dispositivos, equipamentos, serviços e inovações sociais organizacionais e de gestão, desenvolvidas ou aplicadas em interação com a população e que promovem inclusão social e melhoria das condições de vida da população.

Virmondes enuncia, ainda, que, por falta de poder econômico, as populações excluídas não geram demanda capaz de estimular a oferta de soluções mercadológicas de ciência e tecnologia. Elas não possuem, portanto, recursos econômicos suficientes para que suas necessidades impulsionem a produção tradicional de ciência e tecnologia.

O legislador registra que, por outro lado, diversas organizações da sociedade civil dispõem de pessoal altamente qualificado e produzem, há décadas, estudos e pesquisas em diversos campos do conhecimento, as quais fundamentam e geram experiências, programas, projetos, técnicas, produtos, dispositivos e mecanismos para o atendimento de demandas e necessidades das populações excluídas, no campo e na cidade.

"Até o momento, contudo, essas entidades não foram legalmente reconhecidas como parte do sistema de ciência e tecnologia do País e, portanto, não gozam dos benefícios e incentivos das políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação", defende o deputado. Ao concluir, Cruvinel acentua, também, que nesse contexto as tecnologias sociais demonstram uma importância estratégica, devido ao seu potencial de estímulo ao desenvolvimento econômico e social. "Esse potencial vem sendo desperdiçado, privando grande parcela da população brasileira de bem-estar e de melhoria na qualidade de vida e impedindo o desenvolvimento produtivo e econômico que deriva da aplicação e da disseminação de tecnologias sociais", explica.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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