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Senado aprova projeto que renova cotas raciais em concursos públicos

Senado aprova projeto que renova cotas raciais em concursos públicos

Senado aprova projeto que renova cotas raciais em concursos públicos
Com menos de 20 dias para o fim da validade das cotas raciais no serviço público, o Senado aprovou um projeto que estende por mais dez anos a reserva de vagas em concursos públicos e amplia essa reserva para 30% das vagas, destinadas a pretos, pardos, indígenas e quilombolas. Aprovado em votação simbólica, o PL 1.958/2021 segue agora para a Câmara dos Deputados. A sessão contou com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A proposta, um substitutivo do relator Humberto Costa (PT-PE) ao projeto original de Paulo Paim (PT-RS), visa substituir a Lei 12.990 de 2014, que tinha validade de 10 anos. Sem renovação, as cotas perderiam a validade, permitindo a realização de concursos sem a reserva de vagas para pessoas pardas e pretas, o que poderia judicializar certames como o Concurso Nacional Unificado (CNU). Paulo Paim defendeu a prorrogação como uma política reparatória e compensatória, afirmando que ela permitirá que ao menos 30% dos servidores públicos sejam negros. O projeto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 8 de maio e seguiria diretamente para a Câmara, mas um recurso da oposição levou o projeto ao Plenário. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) propôs substituição por cotas sociais, mas a emenda foi rejeitada. Flávio Bolsonaro argumentou que cotas sociais atenderiam melhor aos pobres em geral, enquanto Humberto Costa destacou a desigualdade de representatividade no serviço público e a maior dificuldade dos negros no acesso a vagas. Rogério Marinho (PL-RN) criticou a política afirmativa, dizendo que ela esconde a falha da educação brasileira e divide o país, enquanto Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) a defendeu como uma conquista civilizatória que une o Brasil na sua diversidade. O texto aprovado reserva 30% das vagas em concursos públicos e processos seletivos simplificados de órgãos públicos para pretos, pardos, indígenas e quilombolas, sempre que houver duas ou mais vagas. A reserva será aplicada também às vagas surgidas durante a validade do concurso. Candidatos de vagas reservadas concorrerão simultaneamente às vagas de ampla concorrência, e a política será revisada em dez anos. Com informações da Agência Senado

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