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Arte, Tecnologia e Comunicação. Com a soma desses elementos surgiu o Design Gráfico, o campo que busca representar ideias por meio de símbolos. Desde a pré-história, a humanidade se comunica por meio de imagens, mas esse campo de atuação ganhou ares profissionais a partir da Revolução Industrial. Atualmente, em um mundo cada vez mais visual, exerce ainda mais relevância. Dia 27 de abril foi instituído o Dia Mundial do Design Gráfico, uma data para homenagear esses profissionais e conhecer mais sobre as dinâmicas dessa importante função. 

Com a invenção da prensa de tipos móveis, que permitiria a impressão em papel ainda no século XV, logo se tornou necessário o trabalho de artistas para organizar o design das publicações. Nessa origem, eles atuavam como ilustradores, diagramadores, letristas e tipógrafos em um universo de imagens e símbolos ainda limitado ao preto e branco. 

A litografia, no fim do século XVIII, adicionou cores e uma gama de novas possibilidades às produções da época. Cartazes se difundiam como nunca antes, aprimorando as fontes e técnicas de desenho comercial até então disponíveis. 

Um salto no tempo e chegamos às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) dos séculos XX e XXI. O computador e a internet não apenas ampliaram não só os meios pelos quais trabalham os designers, como também suas demandas. 

Coordenador da graduação em Design Gráfico da Universidade Federal de Goiás (UFG), professor Flávio Gomes elenca que os egressos do curso podem trabalhar com peças gráficas publicitárias, ilustrações, animações, identidades visuais, além de elaboração de projetos gráficos para diferentes esferas e meios, como jogos, aplicativos e outras interfaces digitais. “Vale lembrar também o crescimento na demanda de profissionais formados em Design Gráfico para atuação na educação, principalmente na educação a distância (EaD), além da propagação das metodologias de design para atuação na gestão e administração.” 

Egresso da UFG, o designer gráfico Breno Zanetti trabalha na Alego desde 2016, após ser aprovado no concurso público da Casa para o cargo de Comunicador Visual. Lotado na Seção de Publicidade, Imagem e Identidade Corporativa (SPI), que integra a Diretoria de Comunicação, o profissional explica que suas funções abarcam diversos produtos. “Atuo na criação de materiais gráficos, desde a produção de artes para as redes sociais, campanhas internas, eventos promovidos pela Alego, materiais institucionais como cartões de visitas, pastas, envelopes, sinalização, diagramação da nossa revista até a manutenção da identidade visual da Casa”, elenca Breno, demonstrando a versatilidade dessa atuação profissional. 

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Formado desde 2010, antes do serviço público, Zanetti também reuniu experiências na iniciativa privada. “Desde que me formei, pude trabalhar em projetos como criação de marca, diagramação, webdesign, redes sociais, entre outros. Cada atividade diferente foi contribuindo para ter mais bagagem e aprendizado”, resume. 

Dom ou técnica?

O comunicador visual da Alego também conta que sua história com o Design começou muito antes da faculdade, já que se interessa pelo tema desde criança. “Adorava desenhar, criava meus próprios gibis. Quando tive contato com o computador, passava o tempo experimentando ferramentas como Paint, criando desenhos e capas para trabalhos escolares. Mais tarde, descobri o Photoshop, o Corel Draw e outros softwares gráficos. Foi um processo natural a escolha do curso, por conta desse interesse pela área criativa desde cedo”, relembra. 

O coordenador da graduação na UFG explica que, no passado, para ingressar em cursos de Design, era exigida a aprovação prévia em provas de aptidão, mas que houve uma mudança de perspectiva e agora essa exigência não existe mais. Agora, a Academia entende que todas as habilidades técnicas necessárias para o exercício da função podem ser adquiridas com o treinamento oferecido na própria universidade. “Durante o curso, o estudante terá acesso a todas as ferramentas pedagógicas e tecnológicas para que ele possa atuar como designer gráfico. Realmente, é recomendado que o estudante tenha intimidade com o desenho, porém, durante o curso, ele terá disciplinas que o ajudarão a descobrir sua própria forma de representatividade gráfica.”

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O professor conta que há estudantes que desenham à mão, outros com ferramentas digitais como tablets ou mesas digitalizadoras, e ainda, aqueles que se desenvolvem mais no ramo da fotografia, do grafismo ou da tipografia. “Todas essas formas de representação são válidas para o Design Gráfico e todas são trabalhadas durante o curso. Qualquer pessoa que tenha interesse vai conseguir trabalhar com design gráfico”, define o professor. 

Para além das questões técnicas — mais diretamente associadas ao desenvolvimento de peças gráficas, materiais de divulgação, vídeos, jogos e interfaces — o Design também necessita de uma formação humanística. Afinal, representar conceitos, ideias e sentimentos requer muita sensibilidade e uma ampla capacidade de compreensão da mente humana e da sociedade. 

Design na Alego

Em 2019, a Alego reformulou sua identidade visual. De acordo com a apresentação da equipe responsável, o objetivo da nova representação era priorizar ideias como proximidade e relacionamento entre o Poder Legislativo e a população. “Os três triângulos do ícone representam a tripartição dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Os triângulos juntos sugerem o formato de um envelope onde são guardados os projetos de lei e esclarecem que a Alego recebe, democraticamente, as propostas do poder público (triângulo azul) e da sociedade civil (triângulo amarelo)”, detalhava o projeto.

Junto com a marca foi apresentado o novo slogan da Alego: “A Casa é Sua”. Ele faz referência e quer mostrar ao cidadão a ideia de aproximação, de que ele é bem-vindo na Casa pode e deve acompanhar de perto os trabalhos legislativos, opinando, sugerindo, e participando ativamente dos andamentos dos projetos e rotina do Parlamento.

O design foi elaborado pela SPI, sob supervisão da Diretoria de Comunicação Social. A ideia geral é estimular uma maior participação da sociedade em todos os canais da Assembleia Legislativa de modo transparente e aberto.

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