Distrito Federal
Profissionais da limpeza combatem a Covid-19 nos hospitais
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A pandemia do novo coronavírus começou no Brasil em março de 2020. Desde então, os profissionais da saúde ganharam os holofotes, com todo o mérito, já que estão na linha de frente do enfrentamento do vírus Sars-CoV-2 e arriscando suas vidas para salvar várias outras. No entanto, nem só quem trabalha diretamente com os pacientes acometidos pela Covid-19 estão no grupo de Heróis da Saúde.
Narcisa Trajano de Araújo, de 61 anos, foi a primeira auxiliar de limpeza do Distrito Federal a receber a vacina contra a Covid-19, em 19 de janeiro. Ela trabalha há 31 anos dentro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A trabalhadora chegou a ser afastada durante três meses, por ser idosa e fazer parte do grupo de risco. No entanto, voltou a trabalhar após esse período. Para ela, receber a dose da vacina foi uma grande honra e alegria.
“Fiquei muito feliz de ter sido vacinada, porque também estamos nos arriscando. Além disso, nosso trabalho é essencial para o funcionamento do hospital. Toda a limpeza depende de nós. Antes, limpávamos um consultório uma ou duas vezes ao dia, agora é de oito a dez”, relata.
A auxiliar de limpeza destaca que a pandemia aumentou demais a demanda de trabalho dos profissionais da limpeza, que são peças fundamentais para manter a higienização de todo o hospital em dia. Segundo ela, apesar de ser uma profissão fundamental, ainda é muito desvalorizada e pouco reconhecida.
Narcisa conta que o começo da pandemia assustou todos os trabalhadores do Hran, até mesmo pessoas formadas na área de saúde. “É uma doença nova, que ninguém conhece. A pandemia assustou demais. Todos os dias quando saio de casa peço a proteção de Deus e sigo tomando todos os cuidados”, afirma.
Ela conta que já trabalha há tanto tempo dentro do ambiente hospitalar e que infelizmente já se acostumou com as notícias tristes. “Deus é quem protege a gente. Graças a Deus nunca peguei Covid-19 e nem perdi nenhum familiar”.
A trabalhadora informou que a equipe de limpeza recebeu vários cursos e treinamentos da empresa prestadora de serviços sobre a maneira certa de higienizar os ambientes, sobre o uso correto dos equipamentos de proteção individuais (EPIs) e a maneira adequada de se paramentar e desparamentar para evitar contaminação.
“Pouquíssimos colegas da limpeza pegaram Covid e os que tiveram não foi a forma grave, trataram-se em casa, sem precisar de internação. Agora, com a vacina, temos um pouco mais de tranquilidade para trabalhar”.
* Com informações da Secretaria de Saúde
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