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Especialistas repercutem propostas de alteração no Estatuto do Aprendiz

Especialistas repercutem propostas de alteração no Estatuto do Aprendiz

Especialistas repercutem propostas de alteração no Estatuto do Aprendiz

Especialistas repercutem propostas de alteração no Estatuto do Aprendiz

Em mais uma participação remota durante o seminário para discutir o Estatuto do Aprendiz, a procuradora do Trabalho e coordenadora nacional de combate à exploração do trabalho da criança e do adolescente, Ana Maria Villa Real, classificou negativamente as propostas feitas para a nova legislação.

Ao analisar a iniciativa de priorização de maiores de 18 anos, a procuradora lembrou que o Estatuto do Aprendiz é um instrumento contra o trabalho infantil. “Ele é do Aprendiz, então deve ser pensado justamente para ele. Não podemos permitir que haja exclusão dos adolescentes da única política pública que existe para incluí-los no mercado de trabalho. Se não dermos esse auxílio aos jovens em idade escolar, que alternativa resta para eles?”, perguntou.

Na visão de Ana Maria Villa Real, o novo texto proposto para o Estatuto do Aprendiz (projeto de lei nº 6461/19) corre o risco de ser excludente caso siga este caminho. “Não podemos permitir que haja esvaziamento da aprendizagem profissional. O PL não traz avanços, subverte questões importantíssimas e aumenta os riscos aos aprendizes”, criticou. A procuradora encerrou sua fala com a solicitação de que seja revisto o texto do projeto de lei e se colocou à disposição para contribuir.

Para auxiliar nos debates, a conselheira municipal dos direitos da criança e dos adolescentes de Goiânia, Rosana Santana, levantou pontos que considera importantes serem revistos na proposta de alteração do Estatuto do Aprendiz. São eles o aperfeiçoamento das entidades formadoras e formações ofertadas para inserir aprendizes no mercado de forma competitiva; a promoção de condições para que percentuais previstos na legislação sejam de fato cumpridos; prioridade para contratação de jovens entre 14 e 18 anos, faixa em que há maior dificuldade para inserção no mercado e preservação de direitos dos adolescentes para que seja cumprido Estatuto da Criança e do Adolescente.

“Programa de aprendizagem é uma política pública de qualificação, portanto, adolescentes em situação de vulnerabilidade tem nele uma das principais garantias de profissionalização. Por isso, precisamos de mecanismos para que a aprendizagem seja mais difundida”, finalizou.

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