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Adriana Accorsi defende protocolo para acolhimento de pessoas desabrigadas

Adriana Accorsi defende protocolo para acolhimento de pessoas desabrigadas

Adriana Accorsi defende protocolo para acolhimento de pessoas desabrigadas

Adriana Accorsi defende protocolo para acolhimento de pessoas desabrigadas

Criar o Protocolo Unificado para Remoções do Estado de Goiás que centraliza as informações e define as regras para a realização de remoções de famílias em espaços públicos e privados. Essa é uma postulação da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT), formalizada através do projeto de lei nº 1814/22. A matéria está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, onde aguarda conclusão do relatório por parte do deputado Rubens Marques (UB).

“O mandato adjunto da Defensoria Pública do Estado de Goiás visa a garantia dos preceitos constitucionais; e, com a presente proposição, temos por objetivo a criação de um protocolo de remoções no Estado de Goiás, que garanta o acolhimento de pessoas deslocadas ou desabrigadas, em razão de ordens de despejo ou remoção forçada, garantindo-lhes o acesso à moradia, saúde e o essencial a sua subsistência”, coloca Adriana Accorsi, ao justificar a sua iniciativa parlamentar.

A deputada salienta que se trata de proposta de norma regulamentar, que institui procedimento para cumprimento de decisões administrativas e judiciais, de competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal, nos termos do art. 24, XI, da CRFB/88; que observa e agrega disposições do Código Civil, Código de Processo Civil e legislação esparsa que trata de posse, detenção, remoções, indenizações e institutos afetos às questões urbanas e fundiárias.

“Ressalta-se que tivemos no Brasil a realidade de crescente aumento dos casos de despejo e remoção forçada durante a Pandemia. De acordo com dados levantados pela Campanha Nacional Despejo Zero, mais de 27 mil famílias foram despejadas entre março de 2020 e fevereiro de 2022, totalizando um aumento de 333% no número de famílias despejadas nos últimos dois anos. Outras 132 mil famílias estão ameaçadas de despejo em plena pandemia, um aumento de 602%. Em Goiás, 1.623 famílias foram despejadas durante a pandemia e, hoje, 3. 465 famílias estão ameaçadas. Em Goiânia, cerca de 1.000”, anota a petista em justificativa.

Adriana Accorsi cita a Lei nº 14.216, que veio para buscar amenizar os impactos da Pandemia; o art. 1º, III da Constituição Federal, que trata da dignidade da pessoa humana; bem como decisão do Superior Tribunal Federal (STF), sobre o direito constitucional à moradia, “sendo competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios promover programas de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico”. Também apela para a Lei Orgânica da Assistência Social, entre outras colocações que respaldam a proposição de sua autoria.

E conclui: “Assim sendo, necessária a edição de ato normativo que garanta a subsistência das famílias removidas, resguardando-lhes a saúde e direitos sociais básicos por meio de acolhimento institucional, adotando medidas como a criação de planos emergenciais de moradias populares e políticas públicas de caráter permanente, e transparência e efetivação do contraditório nos processos administrativos de remoção, de modo a coibir a prática de atos discricionários e violentos”.

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