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No Dia da Esclerose Múltipla, entidades promovem campanhas de conscientização sobre essa doença autoimune

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Celebrado neste domingo, 30, o Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM) é dedicado a reforçar a conscientização sobre a doença e empoderar quem vive com ela. A EM é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares.

A doença costuma acometer pessoas jovens de 25 a 31 anos, em especial mulheres, totalizando mais de 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo. A EM pode se manifestar por diversos sintomas, como os seguintes: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio, da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga.

Conforme explica o neurologista João Paulo Toiansk, não existe uma causa única da doença. “De fato, o que ocorre é um aprendizado imunológico contra o inimigo incorreto: em vez de atacar um vírus, uma bactéria ou um parasita, o organismo cria uma resposta contra o próprio sistema nervoso central. O surgimento dessa resposta inadequada é multifatorial e conta com importantes fatores de risco como gênero, etnia, idade, exposição a fatores ambientais”, afirma o médico.

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Desafios da doença

João Paulo destaca que o grande desafio da pessoa com esclerose múltipla é viver bem. De acordo com ele, para isso, é preciso realizar o tratamento farmacológico e multiprofissional, buscar uma boa qualidade de vida, independentemente das dificuldades físicas, mentais ou intelectuais, além de procurar a execução, em plenitude, de seus direitos.

“Hoje, o tratamento farmacológico é o modificador da história natural da doença e se encontra em sua quase totalidade disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É possível resgatar pacientes de quadros graves e permitir que o paciente não evolua com incapacidade motora, cognitiva e intelectual”, pontua Toiansk.

O neurologista enfatiza, ainda, que somando o tratamento farmacológico às intervenções multiprofissionais (psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, entre outras) é possível que a pessoa consiga uma boa qualidade de vida. De acordo com ele, isso ocorre em um número significativo de casos.

Esclerose múltipla e a covid-19

Além do tratamento adequado, também é muito importante que as pessoas com esclerose múltipla se vacinem contra a covid-19. Na última semana, o Ministério da Saúde incluiu, no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), as pessoas com doenças crônicas neurológicas no público-alvo da imunização. Com a medida, o grupo prioritário passa a ter, no total, 78.470.700 pessoas incluídas, entre elas, os pacientes diagnosticados com EM.

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O neurologista João Paulo Toiansk explica, também, que no dia 21 de março desse ano, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) emitiu um documento que incentiva a vacinação nos pacientes com doenças neurológicas, incluindo a esclerose múltipla. Ele enfatiza que é importante que cada paciente converse com seu médico, uma vez que alguns são submetidos a tratamento imunossupressor, que poderia reduzir a eficácia das doses. “Vale ressaltar que os riscos das vacinas são baixos. Os pacientes agora estão no grupo prioritário e precisam se afastar do risco de contrair a covid-19, que é cada vez maior. Vacinem-se! ”, incentiva. 

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