Nomeado por Covas, secretário da educação foi denunciado na máfia da merenda
Nomeado pelo prefeito Bruno Covas como o novo secretário de Educação da cidade de São Paulo, Fernando Padula já foi acusado de participar do suposto esquema de fraudes e desvios conhecidos como a "máfia da merenda", que repercutiu durante a gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).
À época, em 2014, Fernando Padula era chefe de gabinete da Secretaria de Educação do estado, período em que, de acordo com o Ministério Público, foram cometidas as irregularidades.
Em 2018, Padula foi denunciado por corrução passiva. O processo está em tramitação na Justiça Federal. O secretário também foi acusado de improbidade administrativa.
Segundo o advogado de Padula, ele é inocente e não tem ligação com as supostas irregularidades apontadas nas ações.
Padula é amigo de Covas de longa data. Juntos, frequentaram o Clube dos Tucaninhos durante a infância.O secretário ganhou notoriedade em meio aos protestos de alunos de escolas estaduais contra a reorganização escolar, quando várias unidades foram ocupadas, em 2015. Na ocasião, quando era chefe de gabinete, usou a palavra "guerra" no contexto dos protestos, o que acirrou os ânimos entre estudantes.
Máfia das merendas
Segundo o MP, Capez, atualmente diretor-executivo do Procon do governo João Doria (PSDB), teria recebido propina para viabilizar a contratação da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) pelo governo estadual, no valor de R$ 11,4 milhões, para a entrega de sucos de laranja.
Padula, por sua vez, permitiu que essa contratação fosse feita. Capez chegou a virar réu no processo criminal e teve bens bloqueados na ação civil de improbidade, mas as acusações contra ele foram arquivadas pelo STF em ambos os casos.
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