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Crer alerta sobre os riscos do peso excessivo das mochilas escolares
Peso excessivo pode causar dores e desvios na coluna das crianças

Com o início do ano letivo se aproximando, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), unidade do Governo de Goiás, chama a atenção de pais, responsáveis e escolas para um problema que pode impactar diretamente a saúde das crianças: o peso excessivo das mochilas escolares.

O transporte diário de mochilas sobrecarregadas pode causar problemas como dores musculares, desvios posturais e até comprometimento no desenvolvimento da coluna vertebral, especialmente em crianças que ainda estão em fase de crescimento.

De acordo com o ortopedista do Crer, Henrique do Carmo, o excesso de peso é um dos principais fatores de risco. “Pode sobrecarregar a coluna ainda em formação, aumentando o risco de alterações agudas, como dores, e também comprometer a qualidade de vida na fase adulta”, explica o médico, destacando que medidas preventivas simples podem evitar problemas no futuro.

USO ADEQUADO DAS MOCHILAS

O uso correto da mochila escolar é uma das estratégias mais eficazes para prevenir danos posturais. A Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica recomenda que o peso da mochila não ultrapasse 10% a 20% do peso corporal da criança. Além disso, ambas as alças devem ser utilizadas e ajustadas de forma que a mochila fique posicionada próxima ao corpo, cerca de 5 cm acima da linha da cintura.

A organização interna também faz diferença: os itens mais pesados devem ficar próximos às costas, enquanto objetos desnecessários devem ser deixados em casa. Para levantar a mochila ou outros materiais, a orientação é dobrar os joelhos, evitando curvar as costas.

Karla Lorena Mendonça Campos, supervisora multiprofissional de Terapias de Apoio do Crer, destaca a importância da observação diária. “Pais, responsáveis e professores devem estar atentos a sinais como queixas de dor ou desconforto ao carregar a mochila. Alternativas como mochilas de rodinhas e organização adequada dos materiais podem proteger a saúde postural das crianças”, afirma Karla.

SINAIS DE ALERTA

Os pais devem observar sinais de que a mochila pode estar muito pesada, como:

  • Dores nas costas;
  • Alterações nas curvaturas da coluna vertebral;
  • Mudanças na forma de andar;
  • Aumento da pressão nos pés, causando dor;
  • Alteração na frequência respiratória.

RISCOS PARA A SAÚDE

A sobrecarga e o uso inadequado das mochilas podem provocar:

  • Desvios posturais: alterações no alinhamento da coluna, afetando a postura e causando desconforto permanente;
  • Dores musculares: tensões e cansaço frequentes;
  • Comprometimento do desenvolvimento: em casos graves, pode impactar o crescimento e a saúde geral.

PREVENÇÃO É A CHAVE

O Crer reforça algumas orientações práticas para reduzir os riscos:

  • Verificar se o peso total da mochila não ultrapassa 10% a 20% do peso da criança;
  • Escolher mochilas ergonômicas, com alças largas, acolchoadas e ajustáveis;
  • Organizar os materiais escolares dentro da mochila, colocando os itens mais pesados próximos às costas;
  • Incentivar o uso das duas alças para evitar sobrecarga em apenas um lado do corpo;
  • Dialogar com a escola para viabilizar o uso de armários ou a alternância de materiais entre os dias letivos.

 

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