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Cooperativa de catadores do Paranoá agradece apoio do GDF

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Em agradecimento à parceria e ao apoio recebido do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), os presidentes da Cooperativa de Catadores do Paranoá/Itapoã e da Associação de Catadores Recicla Mais Brasil receberam o vice-governador, Paco Britto, nesta terça-feira (25), na sede da cooperativa no Paranoá.

Durante o encontro com representantes da cooperativa e da associação, um dos temas abordados foi a coleta seletiva| Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

Acompanhado pela presidente da associação, Cristiane Pereira, Paco conheceu as instalações do galpão e da esteira onde o material reciclado é separado. “Graças a esse apoio, busca-se a manutenção da coleta seletiva em condomínios horizontais. Com isso, a gente consegue a preservação e a manutenção dos postos de trabalho dos catadores na cooperativa, por meio da coleta seletiva”, disse.

Como vários outros colegas catadores locais, Cristiane começou o ofício nas ruas. “Meu marido e eu estávamos desempregados e, por necessidade, fomos para a rua catar latas, antes de existir a cooperativa”, revelou, acrescentando que, de 2011 a 2016, esse trabalho rendia R$ 100 mensais. Resolveu, então, procurar a administração regional e foi à luta, com a criação da cooperativa, para ajudar mais pessoas. Hoje, cada catador consegue tirar cerca de um salário mínimo e meio por mês.

Paco Britto agradeceu à recepção e aos trabalhadores que estão na linha de frente da reciclagem, presentes ao evento, ratificando seu apoio. “Vocês estão trabalhando com dignidade. O que pode ser feito, eu farei. Mas quando não der, eu falarei também, e a gente tenta outro caminho”, resumiu. “O lixo é luxo”.

O presidente da cooperativa, William Sousa Santos, também agradeceu o apoio do vice-governador. “Você [Paco Britto] conhece a nossa história desde quando atuávamos em uma tenda, que ficava em frente ao condomínio no Novo Horizonte [próximo ao Paranoá, às margens da BR-250]; sempre nos apoiou, e sabe que a luta da reciclagem não é fácil”, observou.

Morador do Itapoã há quase seis anos, Francisco Dimas da Silva, 34 anos, concorda com William. Francisco começou como catador de lixo nas ruas, quando teve a oportunidade de trabalhar na cooperativa, em 2017. “Melhorou mais”, garantiu. Hoje, ele consegue ganhar de R$ 1,3 mil a R$ 1,4 mil mensais, como catador.

De acordo com Cristiane, 80% do material que chega à cooperativa vem dos condomínios horizontais, a maioria do Jardim Botânico. Segundo ela, a luta é para que o projeto de coleta seletiva torne a capital um exemplo de sustentabilidade ambiental.

Comitê

Ao final do evento, Paco e a equipe do Comitê Todos Contra a covid distribuíram aos catadores 200 unidades de álcool gel de 450 ml, em mais uma ação contra ao coronavírus.

Recicla

A Recicla Mais Brasil é uma instituição composta pela união de famílias de catadores do Paranoá (DF). Desde 2011, contribui oficialmente, no Distrito Federal, com ações pela valorização dos profissionais catadores e no processo de separação, triagem e reciclagem dos resíduos descartados.

Além do Paranoá, a instituição atua no Itapoã e em seis grandes condomínios do Jardim Botânico.

O projeto de reciclagem social, que combina ação ambiental e social no Paranoá e no Itapoã, visa ao aumento real de renda para catadores da cidade e suas famílias.

Fonte: Governo DF

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