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Goiás avança na produção de queijo artesanal com reconhecimento nacional

Goiás avança na produção de queijo artesanal com reconhecimento nacional

Goiás avança na produção de queijo artesanal com reconhecimento nacional

O estado de Goiás está se destacando no cenário nacional pela crescente formalização dos produtores de queijo artesanal. Atualmente, 12 queijarias foram habilitadas pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) com o Selo Arte, e outras estão no processo de obtenção desse reconhecimento. Esses selos permitem que os produtos sejam comercializados em todo o Brasil, valorizando a autenticidade e as características regionais do território goiano.

O Selo Arte e o mais recente Selo de Queijo Artesanal são certificações definidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e concedidas pelos serviços de inspeção estaduais, como a Agrodefesa em Goiás. Essas certificações garantem que o queijo é produzido de maneira autoral e genuína, preservando aspectos culturais e tradicionais.

Goiás foi pioneiro na implementação do Selo Arte e na definição das normas sanitárias para produtos artesanais com a Lei Federal nº 20.361, de 5 de dezembro de 2018. Mais recentemente, a Instrução Normativa nº 09/2023 detalhou o processo de concessão dos selos para produtos alimentícios de origem animal registrados no Serviço de Inspeção Estadual de Goiás.

Segundo José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, “A formalização de um produtor de queijo artesanal vai além da legalização. Ela potencializa os resultados, garantindo boas práticas na criação do gado, controle de doenças e na qualidade do produto final. Um queijo certificado pode ser vendido em todo o país, ampliando o mercado e os benefícios para o produtor.”

Para obter o Selo Arte ou de Queijo Artesanal, os produtores devem seguir um processo rigoroso. A coordenadora de Estabelecimentos Artesanais e Auditorias da Agrodefesa, Flávia Borges Feliciano, explica que o primeiro passo é o envio do requerimento de registro por e-mail, incluindo o memorial descritivo, econômico e sanitário, e a planta baixa da queijaria. A partir disso, a Agrodefesa inicia o processo de registro, emite um parecer técnico e, após ajustes, concede a autorização para a construção ou adaptação das instalações.

Uma vez aprovada a documentação e concluída a construção, a queijaria é vistoriada para garantir que atende às normas. Após a aprovação final, o produtor recebe um número sequencial para o rótulo do queijo e pode começar a comercialização nacional.

A certificação do Selo Arte ou de Queijo Artesanal é apenas o começo. A Agrodefesa oferece orientação técnica contínua por meio de visitas periódicas, que inicialmente ocorrem duas vezes ao mês e, com o tempo, são ajustadas conforme a maturidade da queijaria. As análises físico-químicas e microbiológicas mensais garantem a qualidade do produto, enquanto a Agrodefesa realiza quatro coletas anuais de produtos e uma amostra de água por ano. O leite utilizado também é analisado mensalmente para verificar sua qualidade.

Para queijarias que utilizam leite cru, é necessário apresentar um atestado de propriedade livre de brucelose e tuberculose, também emitido pela Agrodefesa. Com o Selo Arte ou de Queijo Artesanal, os consumidores podem confiar que o produto segue rigorosos padrões de qualidade e segurança.

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