Investigação
Clínica de Valparaíso de Goiás é alvo da Operação Afrodite
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A Polícia Civil de Goiás em ação deflagrou hoje (15), uma operação com o objetivo de apurar a suposta prática do crime de venda de matéria-prima ou mercadoria inapropriada para o consumo, que estava sendo praticado em uma clínica de estética, enquanto os produtos vencidos e reutilizados eram armazenados em uma clínica médica.
A denúncia chegou ao conhecimento da polícia, por meio do depoimento prestado por uma ex-funcionária da empresa, que sustentou presenciar o ato, apresentando, inclusive, fotografias de produtos vencidos em uma lixeira da clínica.
A clínica trabalha com aplicação de enzimas “lipo sem corte”, botox, tratamento de peeling químico, entre outros, mas estava utilizando um freezer comum de uso para finalidades diversas, de uma outra empresa, para conservar as enzimas utilizadas para realizar a “lipo enzimática ou sem corte”. Tal medida tinha por finalidade dificultar a fiscalização, pois o outro estabelecimento era utilizado apenas para para serviços de saúde e imagem.
Segundo a polícia, foram verificadas inúmeras irregularidades, entre elas, a ausência de alvará para funcionamento, ocasionando a interdição do ambiente pela SUVISA. Foi constatado também que vários produtos que apresentavam uso recente estavam vencidos desde 2021, ou não possuíam data de validade. Já na clínica médica, existia ampola de botox vencida e em uso, dentro de um frigobar. Ainda foram encontrados vários vasilhames de cremes para fins estéticos vencidos, devidamente guardados e ainda lacrados.
No momento das buscas, não foram localizados pacientes fazendo uso dos produtos, contudo, tais bens foram apreendidos para fins perícia. As clínicas foram interditadas e os envolvidos foram conduzidos para a Delegacia para fins de esclarecimento.
De acordo com a Polícia Civil, a médica responsável pelos estabelecimentos disse que todos os produtos vencidos seriam de uso particular e que as ampolas encontradas no lixo estavam aguardando o recolhimento por uma empresa específica por quase três anos. Não fora constatada a situação flagrancial no momento da operação, razão pela qual as investigações seguem mediante apuração através de Inquérito Policial.
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