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Chuva muito forte em tempo curto causou alagamentos na Asa Norte
Mais de 100 milímetros em uma hora. Esse foi o registro da intensidade da chuva que desabou, no final da tarde de ontem (1º), na Asa Norte, apontado pela estação meteorológica do Instituto Brasília Ambiental, localizada na 511 Norte.
“Não foi uma chuva extraordinária, já choveu mais e com mais intensidade. O diferencial desse tipo de evento foi a concentração em espaço de tempo curto. O que a fez cair em uma quantidade suficiente para alagar”Carlos Henrique Rocha, meteorologista do Brasília Ambiental
Entre 17h30 e 17h55 a estação assinalava um total acumulado de 44,6 mm. Mas o horário de pico foi entre 17h40 e 17h455, quando a taxa de precipitação chegou a 158 mm/hora.
De acordo com o meteorologista do Brasília Ambiental, Carlos Henrique Rocha, a chuva foi muito forte, porque além de concentrada ocorreu em um período curto.
“Não foi uma chuva extraordinária, já choveu mais e com mais intensidade. O diferencial desse tipo de evento foi a concentração em espaço de tempo curto. O que a fez cair em uma quantidade suficiente para alagar. Choveu o suficiente para as galerias de águas pluviais não darem vazão à quantidade de água”, explica.
Ele esclarece ainda que um milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado (1L/m²), quando esse quantitativo é extrapolado pela área onde a chuva acontece, é que se tem ideia da quantidade enorme de água que vai para as galerias de águas pluviais.
Soluções
Carlos informa, ainda, que devido ao fenômeno – chuva intensa em curto espaço de tempo que causa alagamento – alguns órgãos, como Adasa, Universidade de Brasília (UnB), Caesb e o Brasília Ambiental estão iniciando conversas para desenvolver um projeto que fará estudos, a fim de verificar, a partir de qual intensidade de chuva ocorre o alagamento em áreas urbanas. “E, é claro, a partir daí, pensar soluções”.
O meteorologista do Brasília Ambiental lembra que o site do órgão ambiental conta com a publicação periódica do boletim Tempo e Clima, sobre temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica ocorridas no Distrito Federal.
Os boletins de temperatura do ar são lançados mensalmente, já os de umidade relativa do ar e precipitação são lançados nos meses mais secos e chuvosos, respectivamente.
“Nesses boletins temos dados não só medidos pelo Brasília Ambiental, mas de vários parceiros como Adasa, Caesb, Inmet e ANA”, ressalta Carlos Rocha. Para acessá-los é só clicar neste link.
*Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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