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Título eleitoral

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Muitos dos jovens que completam 18 anos, até a data da próxima eleição e são residentes em Goiás, ainda não sabem como fazer seu título de eleitor. O que eles nem imaginam é que em menos de dois meses, no dia 4 de maio, termina o prazo para que possam requerer esse importante documento junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), em tempo para votar no próximo pleito de 2022 – no primeiro turno previsto para o dia 2 de outubro, e o segundo turno, se houver, em 30 de outubro..

Em razão da pandemia, o procedimento pode ser feito em casa, pela internet, através do sistema Título Net que vai explicando o passo a passo, conforme orienta o Chefe da Seção de Suporte ao Cadastro Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, Márcio Antônio Duarte. O procedimento é gratuito, simples e rápido. Entretanto, para aqueles que não dispõe das condições necessárias em casa, Márcio Antônio adianta que o TRE-GO dispõe do número 148, o Tele Eleitoral. Através dessa central, o interessado obtém o telefone do seu cartório eleitoral e pode agendar, conforme sua conveniência, uma data para resolver de forma presencial a solicitação do título. Outra maneira ainda é agendar um horário diretamente no vapt-vupt.

A data limite para o requerimento do título é estipulada pela Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97 – artigo 91), que prevê o fechamento do Cadastro Eleitoral 150 dias antes de cada pleito. Para evitar contratempos, é importante se antecipar (nos últimos dias, é sempre alta a procura pelo serviço) para poder exercer o direito de participar da vida política e escolher através do voto os próximos deputados estaduais, deputados federais, governadores, senadores e presidente da República.

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O Chefe do TRE-GO, Márcio Antônio, entende que “o documento é uma espécie de certidão de nascimento para o jovem que está iniciando sua vida como eleitor”, pois somente com ele é possível comprovar sua existência diante da justiça eleitoral e fazer prevalecer o direito legitimo de eleger seus representantes.

COMO ANDA A PARTICIPAÇÃO DO JOVEM NA POLÍTICA?

Além do título eleitoral ser facilmente solicitado pela internet, quando se olha para a última eleição majoritária no país, vimos que pela primeira vez, o pleito contou em grande parte com as plataformas digitais (meios com os quais essa nova geração tem muita intimidade). Dessa maneira, a lógica seria supor que tudo coopera para que a participação política do grupo mais jovem estivesse sofrendo uma tendência de alta, certo?

Não neste caso, essa lógica parece não valer para esse grupo. Conforme aponta Duarte, dados do próprio TRE-GO demonstram um aumento considerável da abstenção desta parcela da população nas últimas eleições de 2020. Dessa maneira, um fenômeno que vem sendo observado pelos cientistas políticos é o distanciamento do jovem em relação a política.

Para o professor da faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG) que coordena o Projeto Politizar na Alego, Diego Magalhães, “na contemporaneidade o jovem vem sendo bombardeado por muitas informações e acaba fazendo opção por prestar atenção àqueles conteúdos que são mais prazerosos”. Ele acredita também que “este distanciamento da juventude em relação à política, pode estar associada as mazelas da vida pública”.

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Consoante com esse mesmo pensamento, a Presidente da Comissão da Criança e do Adolescente na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), deputada Lêda Borges (PSDB) confirma que os casos escandalosos de corrupção, divulgados na mídia e nas redes sociais, envolvendo gestores públicos, podem sim, contribuir para afastar o jovem do ambiente político. “É necessário mostrar aos jovens que existe sim uma forma de fazer a boa política, com honestidade, trabalho e trazendo bons frutos para a população”, enfatiza a deputada.

“Precisamos mudar a forma como enxergamos o ambiente político no Brasil. A política, tanto quanto a informação é o que pode transformar a sociedade e, essa massa jovem é quem vai conduzir a democracia em Goiás e no Brasil. É necessário que se encantem com a vida pública para que a sociedade tenha outras perspectivas, já que historicamente eles são agentes de transformação social”, destacou a Presidente da Comissão. Para ela, “esse assunto prioritário precisa voltar o quanto antes para a pauta das discussões nas escolas e nos demais espaços públicos”, concluiu.

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