Nacional
Reunião no Planalto: lockdown e cloroquina foram principais pontos de conflito
Na reunião do presidente Jair Bolsonaro com chefes dos poderes Legislativo e Judiciário para tratar do enfrentamento à pandemia, nesta quarta-feira, assuntos como tratamento precoce com medicamentos com cloroquina e o lockdown provocaram pontos de conflito. Bolsonaro defendeu enfaticamente o tratamento precoce e, sob pretexto de não atrapalhar a economia, condenou o lockdown.
Representantes dos demais poderes divergiram e ponderaram que quem teria que dar a palavra final sobre o assunto é a comunidade científica, tanto em relação à prescrição de medicamentos quanto à amplitude do fechamento do comércio nos municípios e estados.
Caberá ao ministro Marcelo Queiroga , contudo, o direcionamento de políticas públicas. Na reunião, também foi falado que o Supremo Tribunal Federal vai avaliar questões de constitucionalidade sobre decisões de governadores e prefeitos para garantir segurança jurídica.
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O principal ponto de convergência entre todos, por sua vez, foi a necessidade de vacinação em massa. Há consenso de que a vacinação é a principal ferramenta para frear o número de óbitos e permitir o aquecimento da economia.
No encontro, foi estipulada a criação de um comitê de crise, com representantes do Legislativo e do Executivo federal e estaduais para discutir políticas públicas relacionadas ao Covid-19 . Por conta dos limites constitucionais, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, não poderá participar desse comitê, mas fará orientações para alinhar questões jurídicas.
Representantes do Legislativo ouvidos pelo Globo afirmam que o comitê seguirá recomendações da Organização Mundial da Saúde “baseadas na ciência e nas melhores práticas”, e “não levará em conta decisões pessoais”.
“Há pontos de divergência , mas o comitê respeitará as realidades locais e trabalhará em busca de consensos. E o consenso hoje é que a vacina e a necessidade da sua massificação são a solução para essa grave crise que estamos enfrentando”, disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
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