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RENOVADF já recuperou 130 espaços públicos e formou mil alunos
Morador do Recanto das Emas, Marconi Neri da Costa, 24 anos, estava à toa em casa quando visualizou uma notícia nas redes sociais do Governo do Distrito Federal que lhe chamou a atenção. Era a hora de fazer um curso profissionalizante oferecido pela Secretaria de Trabalho, o RENOVADF, que, desde junho deste ano, mudou a realidade de muitas pessoas no DF. Trata-se de projeto de qualificação profissional e social nas áreas de jardinagem e construção civil, com oportunidade de entrar no mercado de trabalho, desenvolvendo o que aprenderam, recuperando vários espaços públicos.
“Eu não estava fazendo nada mesmo e como já participo de um grupo voluntário no Recanto das Emas, que ajuda a cuidar de espaços públicos da cidade, achei uma boa fazer o curso”, conta o jovem. “São aulas que agregam muito valor, o aprendizado é grande e é tudo na prática, lidando com a parte de solda, elétrica, carpintaria, pintura e construção mesmo”, detalha Marconi.
Atualmente em sua terceira fase, o programa está em Arniqueira e no Itapoã, com 36 obras em andamento. Nessa terça-feira (16) o projeto seguirá para o Guará, Águas Claras e Estrutural.
O RENOVADF já reconstruiu ou reparou cerca de 130 áreas de lazer de Ceilândia, Samambaia e São Sebastião. Só na primeira etapa do projeto foram 92 espaços reformados e outros 38 no segundo módulo. Nesse terceiro ciclo, 750 alunos receberão cursos práticos ministrados pelo Senai.
“Estou aprendendo várias profissões novas, aprendendo coisas que não tinha nenhuma noção, como mexer com instalações elétricas ou pintar”, conta Marconi, com a experiência de quem já participou da recuperação de dois parquinhos e duas quadras esportivas em Arniqueira.
“Posso sair desse curso e já trabalhando, o que é muito importante e animador nesse momento que estamos vivendo”, diz, referindo-se à pandemia.
Mil formados e outros 3 mil cursando
Quadras poliesportivas, paradas de ônibus, pontos de encontros comunitários, praças, pistas de skate, calçadas e estacionamentos são os principais alvos dos aprendizes do programa do GDF. Recuperação de alambrados, pinturas de brinquedos ou aparelhos de ginástica e até construção de calçadas fazem parte dos serviços realizados pelos alunos do projeto.
Cada participante do curso estuda quatro horas por dia, de segunda a sexta-feira, recebendo um salário-mínimo mensal (1.100), vale-transporte e tem seguro contra acidentes pessoais. Já são cerca de mil formados pela iniciativa. Outros três mil estão fazendo o curso no momento e a expectativa é de que esse número chegue a 4.500 mil.
“É o maior programa de inclusão social e qualificação profissional do país, a ideia é chegarmos a 4,5 mil alunos”, explica o secretário de Trabalho, Thales Mendes.
Com inscrições abertas para a quarta fase, que deve acontecer em dezembro deste ano, o projeto também é uma porta de oportunidade para estrangeiros que vivem no Brasil em situação de vulnerabilidade. É o caso da venezuelana, Anyeli Hernández, 26 anos, hoje morando em São Paulo. Na época em que ela fez o curso morava em São Sebastião e aprendeu carpintaria. “Na verdade, aprendi muito de tudo, um pouco de cada coisa, mas me identifiquei mais com carpintaria”, lembra. “Foi um aprendizado que agora será útil nessa minha nova jornada”, diz.
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