Geral

Prato Cheio é aprovado por mais de 93% dos beneficiários

Publicado

em


Mais de 93% dos beneficiários do Cartão Prato Cheio, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) disseram estar “satisfeitos” (42,6%) ou “muito satisfeitos” (50,9%) com o benefício. O dado foi obtido em uma consulta realizada com 3.966 moradores do Distrito Federal incluídos no programa em abril e que receberam o benefício até setembro de 2021.

A consulta, realizada por meio da plataforma on-line Multimeter, mostrou que para 61,2% dos participantes o Prato Cheio ajudou “muito” na alimentação da família. Para 20,9% o auxílio foi “regular”. As menções a “pouco” e “muito pouco” ficaram em 7,9% e 9,9%, respectivamente. “Gratidão”, “solidariedade”, “ótimo”, “comida na mesa”, “barriga cheia”, “essencial” e “esperança” estão entre as palavras escolhidas pelos beneficiários para descrever o programa.

São pessoas como Ingrid Maciel, de Planaltina. Com três filhos, de 6, 4 e 1 ano de idade, ela ficou desempregada durante a pandemia de covid-19 e o benefício de R$ 250 passou a ser fundamental para garantir a alimentação da família. A principal satisfação é poder escolher o que vai comprar: “É melhor. A gente não reclama do que recebe em uma cesta básica, mas poder escolher é muito bom”, contou.

Arte: Sedes-DF

Para a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, substituir a distribuição de cestas básicas pelo cartão de débito foi positivo por dar o direito de escolha para a população. “Uma mãe sabe exatamente o que a sua família precisa. Conhece as necessidades, conhece as preferências dos seus filhos. O Prato Cheio oferece a oportunidade de escolha, e isso é um grande avanço”, afirmou a secretária.

De acordo com a consulta realizada pela Sedes, 82,8% dos beneficiários adquiriram produtos in natura ou minimamente processados (frutas, verduras, legumes, arroz, batata, mandioca, feijão, leite, ovos, peixe, carne); 11,1% compraram ingredientes culinários (óleo de soja, açúcar, sal, manteiga); 4,3% levaram ultraprocessados (biscoito, macarrão instantâneo, pão de forma etc.) e 1,8% registraram a compra de processados (sardinha enlatada, queijos, pães etc.).

Para a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, Karla Lisboa, esse número indica uma escolha por uma alimentação mais saudável. “Demonstra a preferência de compra por alimentos de verdade”, diz.

Arte: Sedes-DF

“Com o Cartão Prato Cheio posso ir ao mercado e comprar aquilo que as crianças gostam, aquilo que a gente precisa”, conta Stefany Martins, moradora de Sobradinho, mãe de duas crianças, de 6 e 2 anos. O principal elogio dela, porém, é para a praticidade. “Antes tinha que pegar uma fila, às vezes só para pegar uma senha”, explica.

READ  Aprovado projeto que cria divulgação de estatísticas de crimes cometidos com arma de fogo

Mães com filhos pequenos

Stefany faz parte do grupo prioritário do Cartão Prato Cheio: famílias monoparentais, chefiadas por mulheres, com crianças de 0 a 6 anos de idade. De maio de 2020 até maio de 2021, foram 21.018 beneficiárias selecionadas por se encaixarem nesse perfil.

Já Ingrid é parte do segundo grupo prioritário: famílias com crianças de 0 a 6 anos. Neste perfil, foram mais 5.881 beneficiários. Outras prioridades são famílias com pessoas com deficiência, famílias com pessoas idosas e população em situação de saída de rua, que significa o recém-retorno a uma residência.

Ainda assim, o Prato Cheio teve espaço para mais 35.751 beneficiários que não se encaixavam nesses grupos prioritários, mas apresentam situação de vulnerabilidade alimentar. Ao todo, de maio de 2020 a setembro de 2021, foi investido um recurso total pago às famílias de R$ 130.693.500,00.

“O Prato Cheio contribui na afirmação dos direitos sociais básicos de sobrevivência, economia social com poder de escolha, lucro e desenvolvimento social para o pequeno e médio empreendedor”Mayara Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

Um dos resultados é que o programa também representa o fortalecimento da economia local. “O Prato Cheio contribui na afirmação dos direitos sociais básicos de sobrevivência, economia social com poder de escolha, lucro e desenvolvimento social para o pequeno e médio empreendedor e prioriza o ciclo integrado de políticas públicas para superação da vulnerabilidade social, além de poder ser acumulado com outros programas de transferência de renda, como o Bolsa Família”, detalhou a secretária Mayara Rocha.

Expansão

A partir de maio de 2021, o programa foi ampliado. O tempo de concessão do benefício passou de três para seis meses. O número de famílias beneficiadas também cresceu: em 2020, foram 34.936 beneficiários, sendo uma média de 32 mil por mês.

Em 2021, no segundo e terceiro trimestres, chegou-se a 31.955 famílias. Em junho, a Sedes alcançou o atendimento a 35 mil famílias, e em agosto passou para 37.790 beneficiários. A meta da secretaria é chegar a 40 mil beneficiários simultâneos no fim do ano, cada um por um período de seis meses.

A possibilidade de o beneficiário escolher os alimentos que quer comprar é uma das vantagens do programa Cartão Prato Cheio apontada pelos usuários | Foto: Renato Raphael/Sedes

De acordo com a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Karla Lisboa, antes da pandemia de covid-19 a Sedes atendia, em média, oito mil usuários por mês em situação de insegurança alimentar. “O Prato Cheio permitiu atender a demanda dando agilidade à concessão do benefício”, explicou a gestora.

READ  Aprovado projeto que adequa penalizações aos beneficiários de programas estaduais

O critério para inclusão no programa é ter renda familiar igual ou inferior a um salário-mínimo per capita, estar em situação de insegurança alimentar, residir no DF e estar inscrito no Cadastro Único ou no Sistema de Informação da Sedes. A inclusão ocorre após atendimento pelo site da Sedes, número 156 ou atendimento nos dois Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centros Pop).

O BRB emite e distribui os cartões de débito de acordo com as listas da Sedes e limita sua utilização aos estabelecimentos de comercialização de produtos alimentícios

Tecnologia

Karla Lisboa ressalta a integração do programa Cartão Prato Cheio com o Sistema de Desenvolvimento Social – SIDS v.2.0, que permite também monitorar e avaliar a iniciativa. “É gerado um prontuário eletrônico da família, que detalha o contexto particular de cada membro e identifica o que levou à situação de privação alimentar. Após realizada a solicitação do auxílio, este procedimento fica no histórico da família identificando a unidade e o servidor que fez a análise e a solicitação”, disse a subsecretária.

O software permite integrar os dados de atendimentos da Sedes e priorizar as famílias com maior necessidade. Além da documentação básica, como RG e CPF, os servidores responsáveis pelo atendimento podem registrar outras informações que indiquem o contexto de vida familiar. Todo o fluxo do processo de concessão do Prato Cheio está sistematizado em documentos como manuais, notas técnicas orientativas e protocolos de monitoramento e fiscalização.

A integração tecnológica segue com o Banco de Brasília (BRB). A instituição bancária emite e distribui os cartões de débito de acordo com as listas da Sedes. O BRB também limita a utilização dos cartões aos estabelecimentos classificados como de atividade econômica voltada à comercialização de produtos alimentícios, além de disponibilizar dados do programa para a Sedes.

“O Cartão Prato Cheio compõe um conjunto de ações que a Sedes trabalha para implementar a Política de Segurança Alimentar Distrital e garantir o direito humano à alimentação adequada à população vulnerável do DF”, finaliza Mayara Noronha Rocha.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook
Propaganda
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

CIDADES

PLANTÃO POLICIAL

POLÍTICA

ECONOMIA

MAIS LIDAS DA SEMANA