Virada Ambiental

Virada Ambiental

Virada Ambiental

A preservação e a recuperação do meio ambiente já ocupam posição de destaque dentre as prioridades das administrações municipais, proporcionando melhorias na qualidade de vida da população e retorno político para os gestores. É com esse fim, que na manhã desta sexta-feira, 18, foi lançada a 3ª edição do projeto Virada Ambiental, uma ação de mobilização da sociedade para fomentar o plantio de espécies vegetais nativas, visando o resgate da biodiversidade e a recuperação dos serviços ambientais prestados pelos ecossistemas. Devido à pandemia da covid-19, o lançamento foi realizado remotamente e transmitido pelo YouTube.

O projeto surgiu a partir da Lei 20.552, instituída no ano de 2019, de iniciativa do presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), deputado Lucas Calil (PSD), a qual cria a celebração, em 22 de novembro, do Dia Estadual da Consciência Ambiental. O projeto Virada Ambiental acontece como uma das atividades em comemoração dessa data e por iniciativa da Universidade Federal de Goiás (UFG), o evento ocorre desde 2019 e já foi responsável por incentivar o plantio de milhares de mudas.

Em 2020, em sua 2ª edição, a iniciativa alcançou 194 municípios em todo o Brasil, sendo 187 somente em Goiás. Para 2021, a expectativa colocada na reunião de lançamento é que sejam alcançados 100% dos municípios goianos e, ainda, ao menos um município de cada estado brasileiro, levando o projeto Virada Ambiental a nível nacional.

O objetivo, portanto, é que no dia 22 novembro desse ano, toda a comunidade, impulsionada pelas prefeituras e instituições parceiras, se movimente a plantar mudas de espécies nativas em localidades diversas, com roteiros distintos. Dentre as programações estão passeios ciclísticos; concursos de redação e fotografias, dentre outros, as quais ocorrem, preferencialmente, de forma simultânea em todos os municípios. A ideia é que os cidadãos possam exercer uma prática efetiva e sustentável de proteção ao meio ambiente em que vivem.

Ao conduzir o evento de lançamento, o coordenador de comunicação da Associação Goiana de Municípios (AGM), Libório Santos, destacou que a parceria em torno do projeto só vem crescendo e que dúvidas, sugestões, ou qualquer outro assunto sobre o mesmo, podem ser encaminhadas por e-mail para o endereço [email protected].

O Professor Edward Madureira, reitor da UFG, que é a entidade que criou a ideia do projeto, foi o primeiro a usar a palavra durante a reunião e destacou que a meta para 2021 é ambiciosa, já que se espera chegar aos 246 municípios goianos e ao menos em uma cidade de cada estado da Federação. “É um grande projeto e ele só é possível porque temos parceiros de grande magnitude”, destacou.

O reitor da UFG ressaltou ainda que a Universidade tem o compromisso com a sustentabilidade e desenvolve uma série de iniciativas dentro do programa UFG sustentável, que foi apresentado na oportunidade, e que segundo ele, já se consolida como um dos principais programas dentro de uma universidade pública no que diz respeito à sustentabilidade. “Nesse sentido eu quero agradecer todo o trabalho do professor Emiliano Lôbo de Godoi que é um sonhador, um idealista que realiza e consegue mobilizar as pessoas e aglutinar em propostas dessa envergadura”, disse.

O presidente da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Pedro Leonardo de Paula Rezende, pediu a todos participantes que refletissem acerca da necessidade de se envolverem em pautas direcionadas à sustentabilidade dos sistemas de produção. “Aqui, em nome da Emater, eu queria expor a alegria e o privilégio que é poder contribuir de alguma forma com esse projeto. Nossa missão principal é levar informações e tecnologias ao nosso público, que são os produtores rurais e, por isso, é importante salientar sobre a participação do produtor rural em todo esse processo. Ele está consciente da necessidade de elaborar práticas de sustentabilidade, e na condução das suas atividades entendemos que só tem uma maneira de conjugar a produtividade com a sustentabilidade ambiental, que é através de tecnologias”, destacou.

Antelmo Teixeira Alves, diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater, se pronunciou durante o lançamento para explicar detalhadamente o projeto e seus objetivos. “É um trabalho de todos e resultado do protagonismo de instituições que estão preocupadas com a questão ambiental e em contribuir com a sociedade, tanto para resgatar, como recuperar coisas que não foram feitas corretamente no passado com relação à sustentabilidade”, apontou.

O presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM), prefeito de Campos Verdes e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Haroldo Naves, firmou o compromisso de que a CNM estará engajada ao projeto para levá-lo a todos os municípios do Brasil. “É um projeto importante. Em todas as localidades temos que preservar a biodiversidade. E, por parte da Federação Goiana de Municípios, vamos apoiar esse ano assim como apoiamos nos anos anteriores, e ajudar a levar o projeto aos 246 municípios do estado de Goiás”, disse.

Representando o deputado Lucas Calil (PSD), João Orestes, destacou que desde que o projeto foi apresentado, teve o devido acolhimento por parte da Alego, por meio da sua Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, presidida pelo deputado Lucas Calil, bem como pelo seu gabinete que, segundo o representante do deputado, elaborou o texto da Lei que criou o Dia da Consciência Ambiental em Goiás. “O projeto começou ambicioso, porém, conforme foram sendo agregados parceiros, se tornou grandioso. É uma iniciativa que já tinha um caminho traçado para o sucesso, se iniciou em um ano onde o desmatamento do cerrado chegou a ultrapassar o da Floresta Amazônica. Então, veio em um momento muito propício”, salientou.

João Orestes deixou as portas do gabinete de Lucas Calil abertas para qualquer dúvida e, também, se colocou à disposição para colaborar com o bom andamento do projeto e para que  um milhão de mudas sejam plantadas neste ano.

O projeto

O Virada Ambiental busca conscientizar a todos sobre a degradação dos biomas, que traz graves consequências para o meio ambiente e para o ser humano. A vegetação tem o poder de capturar o carbono da atmosfera, principal responsável pelo efeito estufa, e, além disso, regula o fluxo de água, os níveis dos lençóis freáticos, controla a temperatura e a qualidade dos solos e contribui para a conservação da diversidade biológica.

“É um evento em que todos são protagonistas e a principal bandeira é o ganho ambiental para a sociedade”, afirma o diretor de Extensão da UFG, Emiliano Lôbo de Godoi, que também coordena o Programa UFG Sustentável.

A iniciativa também está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), uma agenda de ações que devem ser implementadas por todos os países do mundo até 2030. Entre os objetivos, estão medidas ligadas à conservação dos recursos naturais e a proteção e recuperação dos ecossistemas e da biodiversidade.

Parceiros

A Assembleia Legislativa de Goiás, por meio da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, é parceira do projeto desde 2019. Além disso, as seguintes entidades também colaboram e apoiam o “Virada Ambiental”: Associação Goiana de Engenheiros Ambientais (Ageamb), Associação Goiana de Municípios (AGM), Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma), Confederação Nacional de Municípios (CNM), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater).

E, ainda: Federação Goiana de Municípios (FGM), Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Projeto Politizar (Alego e UFG), Receita Federal do Brasil, Saneago, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), Universidade Federal de Goiás (UFG) e União dos Vereadores do Estado de Goiás (Uvego).

Como participar

Para participar, as prefeituras devem assinar um Termo de Adesão se comprometendo a realizar o plantio de mudas, podendo, para isso, contar com o apoio dos parceiros do projeto para viabilizar as melhores áreas e espécies a serem plantadas. A aquisição das mudas é de responsabilidade de cada município, mas os parceiros da iniciativa também podem colaborar. Em 2020, por exemplo, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) fez a doação de 500 mudas.

A participação no Virada Ambiental é uma forma de alertar a sociedade, de forma bastante prática, para a urgente necessidade de se conservar os recursos naturais. O objetivo é incentivar a população a participar, para que esse evento se torne uma ação permanente e precursora de outras iniciativas ambientais.

Fotos das ações e mais informações podem ser encontradas no perfil oficial do projeto no Instagram: @viradaambiental

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