Controlar é preciso

Neste 15 de maio comemorou-se o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares. A infecção hospitalar é aquela adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.
A data foi instituída pela Lei Federal nº 11.723/2008, com o objetivo de conscientizar autoridades sanitárias, gestores de hospitais e trabalhadores da saúde sobre a importância do controle das infecções hospitalares.
Bethânia de Oliveira Ferreira, médica infectologista e coordenadora da Consultoria em Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Sciras) da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), afirma que um dos objetivos da data é chamar a atenção para um tema que tem muita importância e ressalta que é necessário trazê-lo para discussão, principalmente, dentro dos serviços de saúde.
Cuidados
A profissional destaca que existem várias medidas para se evitar infecções relacionadas à assistência à saúde. “A medida mais barata e mais fácil de se executar, é a higiene das mãos. Contudo, existem muitas outras ações, por exemplo: uso racional de antimicrobianos, definição do perfil de microrganismos e perfil de resistência de cada serviço, identificação de surtos, treinamento das equipes, serviços de apoio adequados, como o setor de higienização, lavanderia, nutrição, central de materiais estéreis.”
A médica destaca, ainda, que os pacientes e acompanhantes podem contribuir seguindo as recomendações específicas de cada serviço. “Geralmente são recomendações gerais: número reduzido de acompanhantes, evitar trocas desnecessárias de acompanhantes, evitar acompanhantes idosos ou com comorbidades. As infecções relacionadas à assistência à saúde são um problema, uma vez que estamos falando de uma população já doente e fragilizada, e um novo quadro infeccioso pode ser grave para alguém que já está doente.”
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