Secretários de Saúde criticam decisão de comprar vacinas para privatização
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) publicou uma nota, nesta quarta-feira (27), criticando o fato de o governo federal concordar com a compra, por empresas privadas, de 33 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela AstraZeneca . No documento, o conselho afirma: "Os brasileiros sofrem com a expansão de casos da doença e há urgência para a vacinação de todos. A imunização , no entanto, deve seguir critérios técnicos e não o poder de compra".
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No documento, o presidente do Conass , Carlos Lula, argumenta que as doses existentes deveriam ser destinadas primeiro aos grupos mais vulneráveis, pois a proteção dos mais suscetíveis, diz a nota, é a melhor forma de reduzir internações e casos graves.
"Permitir a vacinação de trabalhadores ligados a um grupo de empresas específicas é romper com esse princípio. É concorrer passivamente para a criação de categorias de brasileiros de primeira e de segunda classe", aponta o Conass, afirmando que não se opõe que a imunização também seja realizada pela iniciativa privada, "mas não neste momento".
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