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PT debate papel da comunicação para consolidar mudanças necessárias ao país

PT debate papel da comunicação para consolidar mudanças necessárias ao país

PT debate papel da comunicação para consolidar mudanças necessárias ao país

Seminário Nacional de Comunicação do PT começou nesta quinta. Defesa do governo Lula, luta contra a extrema-direita e fortalecimento da estrutura de mídia do partido foram discutidos na abertura

Uma comunicação eficiente é fundamental no processo de disputa política. E, apesar dos significativos avanços que o Partido dos Trabalhadores obteve na área nos últimos anos, muito ainda precisa ser feito para que a extrema direita seja definitivamente derrotada e que o projeto de democracia, soberania e justiça social liderado pelo presidente Lula se consolide.

[caption id="attachment_406232" align="alignleft" width="360"]Mesa de abertura foi composta por Jilmar Tatto, Gleisi Hoffmann, Paulo Okamoto e Paulo Pimenta Mesa de abertura foi composta por Jilmar Tatto, Gleisi Hoffmann, Paulo Okamoto e Paulo Pimenta[/caption]

Em resumo, essa foi a mensagem central da mesa de abertura do Seminário Nacional de Comunicação do PT 2023, que reunirá, em Brasília, comunicadores do partido de todo o país na quinta e na sexta-feira (13 e 14).

O evento foi aberto pelo secretário nacional de Comunicação do PT, o deputado federal Jilmar Tatto (SP). Ele lembrou que, nos últimos três anos, o partido reestruturou toda a sua comunicação. Hoje, uma rede de canais – que inclui o site nacional, a TvPT, as redes sociais, a Rádio PT e o PT Cast –trabalha de forma coordenada, orientada a partir de uma pauta elaborada e discutida diariamente.

“Sabemos, no entanto, que isso não é suficiente, precisamos fazer mais”, ressaltou Tatto, para quem um dos desafios é unificar ainda mais a comunicação do partido, fazendo com que toda a estrutura e militância atuem de forma coordenada, dando destaque, diariamente, ao tema central que se deseja comunicar.

“Precisamos conseguir com que, todos os dias, a gente hierarquize uma notícia para que todo o PT e a nossa base social falem e deem destaque a esse tema. Ainda temos dificuldade de unificar”, analisou.

Gleisi: “A política precede a comunicação” 

Em seguida, a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse não ter dúvidas de que o PT tem condições de colocar em prática uma grande política de comunicação que seja capaz de falar diretamente com a população brasileira, especialmente devido à dedicada militância.

Gleisi ressaltou que, mesmo sem os mesmos recursos com os quais a extrema direita conta, o PT e sua militância conseguiram enfrentar as fake news e a perseguição e levar Lula da prisão injusta à Presidência mais uma vez. “Mas precisamos lembrar que Bolsonaro perdeu as eleições, mas o bolsonarismo continua. Há uma disputa política ainda a ser feita”, alertou.

Para ser bem-sucedido em sua nova fase de comunicação, o PT precisa ter muito clara a mensagem que quer passar ao povo. “A política precede a comunicação. O que queremos comunicar e para quem queremos comunicar. Sem essa clareza, não vamos conseguir. E não podemos perder a oportunidade de firmar nosso projeto de mudança. O governo Lula tem que dar certo. E garantir isso é um dever nosso”, conclamou Gleisi.

Okamoto: comunicação de mão dupla

O terceiro a falar foi o presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Paulo Okamoto, que também ressaltou a importância de uma comunicação aliada a um projeto político. “Precisamos de política de comunicação que seja capaz de politizar o nosso povo. As pessoas precisam saber de que lado estamos, o que fazemos e o que entregamos”, defendeu.

Okamoto informou que a FPA vai se dedicar à formação e capacitação dos secretários estaduais e municipais do partido, e também de comitês de luta, para que a rede de comunicação se fortaleça e seja de mão dupla. “Não queremos apensas mandar daqui para lá. Queremos empoderar as pessoas, ouvi-las também”, antecipou.

Pimenta: “Ecossistema de comunicação” 

Por fim, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, falou dos desafios que um país polarizado traz para a comunicação do governo Lula e do PT. “Há uma forte calcificação. Uma grande parcela da população não está disposta a nos ouvir. O desafio é como falar com essas pessoas”, analisou.

Pimenta defendeu que governo e partido trabalhem juntos para romper as bolhas que dividem a sociedade e impedem o diálogo. “Precisamos criar um ecossistema da comunicação. Ou criamos um sistema de comunicação que integre tudo em uma estratégia comum, ou não vamos alcançar o nosso objetivo”, afirmou.

 

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