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Breaking do Verão abre calendário mundial da dança no Rio de Janeiro

Breaking do Verão abre calendário mundial da dança no Rio de Janeiro

Breaking do Verão abre calendário mundial da dança no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro recebe, a partir de hoje (19),  a competição internacional Breaking do Verão. De acordo com o idealizador do evento, Fernando Bó, o evento, que está na na segunda edição, abre o calendário deste ano do breaking em todo o mundo. “É a primeira competição que acontece no ano. Serve como preparação para o restante do calendário de b-boys e b-girls”, diz..

Com duração prevista até o próximo domingo (22), o Breaking do Verão, maior festival da dança do Brasil, será no Velódromo do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital. Realizada pela agência Fábrica, a competição internacional contará com grandes b-boys e b-girls de todo o mundo, além de show gratuito com o artista carioca Kiaz, que já gravou com nomes como Anitta e L7nnon. A abertura está prevista para as 14h. A entrada é gratuita e a classificação é livre. A competição tem apoio do governo fluminense, da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e da Petrobras

Fernando Bó explica que o breaking é um estilo de dança de rua que se popularizou nos anos 70 no Bronx, em Nova York, nos Estados Unidos, e constitui um dos elementos que compõem a Cultura Hip Hop. “É cultura e uma filosofia de vida”, definiu.

Luan San Luan San

Luan San - Divulgação/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro

Olimpíadas

O breaking se tornou modalidade olímpica, assim como aconteceu com o surf e o skate, que tiveram as primeiras disputas na Olimpíada de Tóquio, em 2021. O estilo de dança esportiva fará sua estreia como modalidade olímpica na Olimpíada de Paris, em 2024, e traz boas promessas de medalhas para o Brasil. O criador do Breaking do Verão explicou que assim como o skate e surf, o breaking possui seu próprio estilo de vida, com sua própria música, arte e dança.

Disputas

Com o dobro de dias em relação à edição anterior, o evento contará com 32 atletas convidados, sendo 16 do sexo masculino e 16 do sexo feminino, além dos inscritos para as disputas previstas para hoje (19) e amanhã, preliminares às eliminatórias. Já não há mais vagas para inscrição de b-boys que queiram competir no evento. Para b-girls, há ainda vagas. As inscrições podem ser feitas no site. Os três melhores de cada gênero vão participar das disputas eliminatórias no sábado (21) e domingo (22). “Acreditamos que essa competição vai fazer com que as pessoas conheçam mais a fundo a cultura e o que está por trás dessa dança desportiva. O breaking é uma ferramenta de transformação fortíssima e queremos trazer esse olhar para as pessoas”, destacou Fernando Bó.

O Breaking do Verão tem curadoria técnica de Pelezinho, b-boy que cresceu em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e se tornou o responsável por colocar o Brasil no mapa mundial do breaking. Dos inscritos, 12 são atletas internacionais, vindos de países como Cazaquistão, Estados Unidos, Venezuela, França, Marrocos, Holanda, Alemanha, Rússia, Argentina e Japão, além do Brasil. Os atletas convidados apresentaram melhores performances em competições importantes realizadas no ano passado, de acordo com mapeamento feito por Pelezinho.

Fernando Bó informou que o time de jurados será composto por dois b-boys (um mexicano e um francês) e por uma b-girl brasileira. Além das batalhas, conhecidas como cyphers, que terão as carrapetas comandadas pelos DJs Def Brks e MF, o evento promoverá apresentações musicais com a presença do cantor Kiaz, o MC Badin, os DJs Thai, Thamy e RV (da festa Errejota), DJ Laís Conti, DJ Feijão e DJ Bruno X. O BDV também promoverá um bate-papo com o CNDD Breaking – Departamento de Breaking do Conselho Nacional de Dança Desportiva - sobre as Olimpíadas 2024 e um workshop com o b-boy argelino-francês Lilou, membro do Red Bull BC One All Stars.

BDV BDV

Breaking do Verão - Fernando Souza

Igualdade

O idealizador do evento ressaltou que a premiação não faz diferenciação entre homens e mulheres, bem como as vagas ofertadas. “A importância é a mesma para homens e mulheres. Há igualdade de gênero no Breaking do Verão. É tudo igual”, afirmou. Fernando Bó esclareceu que o evento é independente, ou seja, não tem chancela de nenhuma confederação brasileira, nem do Comitê Olímpico Nacional e Internacional, não tem pontuação nem ranking para os atletas. A única parceria é com o Conselho Nacional de Dança Desportiva (CNDD).

Os critérios para a escolha dos melhores atletas de breaking são criatividade, musicalidade e passos limpos, “de preferência não errar nos movimentos”, informou Fernando Bó. “Quem se encaixar melhor, os jurados dão os votos”. Fernando Bó salientou ainda que o breaking é uma ferramenta de transformação fortíssima e quer trazer esse olhar para as pessoas.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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