Diversidade

Goiás é pioneiro em levantamento sobre a população LGBTQIA+

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A Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) apresentou o Levantamento Situacional da População LGBTQIA+ em Goiás. Dados constatam que o ambiente familiar, seguido da escola e depois do trabalho são os locais onde as pessoas mais sofrem preconceito em razão da sua identidade de gênero e/ou orientação sexual.

A pesquisa foi realizada em parceria com as secretarias de Educação (Seduc-GO) e Saúde (SES-GO), com o apoio do Instituto Mauro Borges. A investigação, realizada entre outubro de 2021 e julho de 2022, é pioneira no país e ouviu 450 pessoas em todo o estado, que responderam a um formulário on-line. Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Trindade e Alto Paraíso foram os que mais deram retorno das questões. 

O gerente da Diversidade Sexual da Seds, Rogério Araújo, que esteve à frente do levantamento e fez a apresentação, destacou que, além de conhecer o perfil desta população, como idade, raça, escolaridade e moradia, o mapeamento é fundamental para levantar as vulnerabilidades, visando a implementação de políticas públicas eficazes para o seu atendimento. 

POPULAÇÃO LGBTQIA+

Quando perguntado aos pesquisados qual era o seu sexo de nascimento, 48% responderam masculino e 52%, feminino. Já em relação à identidade de gênero, os dados obtidos foram:

  • Mulher cisgênero (36,3%)
  • Homem cisgênero (42,5%),
  • Mulher trans (3,8/%)
  • Homem trans (3,5%)
  • Pessoa não binária (5,3%)
  • Travesti, (0,5%)
  • Outros (8,3%).
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O termo cisgênero designa o indivíduo que se identifica com o sexo biológico com o qual nasceu. No que se refere à religião, 23,8% se declararam católicos; 18,7% agnóstico; 12% ateu; 9,1% espírita; 8% evangélico; 6% religião de matriz africana e 22,4%, outros. 

VIOLÊNCIA

Rogério Araújo lembrou que uma das realidades mais cruéis vividas pelos LGBTQIA+ no Brasil é a violência, já que somos o país com o maior registro de homicídios dessas pessoas no mundo. O estudo identificou que a maior parte da violência sofrida parte de familiares e amigos. 

A violência silenciosa, que submete esses indivíduos a sofrimentos diários, também preocupa.

“Um adolescente, que apresente uma identidade de gênero ou orientação sexual que não o normatizado pela sociedade, tem cinco vezes mais chance de cometer suicídio”, informou o gerente da Diversidade Sexual. 

Titular da Seds, Wellington Matos, ressaltou que o trabalho para mudar essa realidade é um processo diário e contínuo.

“Este estudo é mais uma iniciativa que vai contribuir para o mapeamento e criação de mais políticas públicas à população LGBTQIA+”, explicou.

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AÇÕES EM ANDAMENTO

– Criação do Comitê Estadual de Enfrentamento à LGBTfobia no Estado de Goiás (COMEELG-GO), em 2020. 


– Guia eletrônico “Será que fui vítima de LGBTFOBIA?”, com orientações detalhadas às vítimas e como proceder diante de uma violência, e  como conseguir atendimento psicológico, jurídico e social pelo Centro de Referência Estadual da Igualdade (Crei). 


– Cursos de formação para servidores da Polícia Civil e integrantes do Grupos Especializados no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacris) e de Educação em Direitos Humanos, para professores da Rede Pública Estadual de Ensino, com foco no enfrentamento a LGBTfobia nas escolas públicas estaduais. 

O Mapeamento ouviu 450 pessoas em todo o estado e servirá para a implementação de políticas eficazes de atendimento a essa população.

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