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Goiânia tem menor impacto de congestionamento de trânsito no acesso a empregos, mostra Ipea

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Goiânia é o município com menos limitações impostas pelos congestionamentos na perspectiva de acesso às oportunidades de trabalho, em comparação com os horários de trânsito livre. A informação consta no estudo “Os Impactos Desiguais do Congestionamento Urbano no Acesso a Empregos”, publicado na última quinta-feira (28/9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O levantamento leva em conta o número de empregos acessíveis — nas 20 maiores cidades brasileiras em população — por automóvel em intervalo de 15 a 45 minutos de viagem no período do pico da manhã e em fluxo livre com base em informações históricas sobre a velocidade do tráfego a partir de dados de GPS em alta resolução.

Conforme apontou o Ipea, o congestionamento é um problema persistente em grandes metrópoles e cada vez mais comum em médias e grandes cidades. Apesar disso, Goiânia, que é a cidade com o maior número de carros por habitante no Brasil, é o destaque positivo do levantamento, sendo a única cidade do estudo com índice de comprometimento menor que 1%. Na capital goiana, o impacto é de 0,6%, seguida de Campo Grande (MS), com 2,1%, e São Gonçalo (RJ). com 3,2%. O resultado médio do estudo é de 23,5% de comprometimento para população de baixa renda e 5,5% para os mais ricos.

Já Brasília (Distrito Federal) está entre as cidades com maior impacto do congestionamento, com 24,6% de redução no acesso ao emprego, ao lado de São Paulo (40,7%) e Rio de Janeiro (35,1%).

Os resultados do estudo suscitam algumas implicações para políticas públicas para redução das desigualdades dos impactos dos congestionamentos no acesso a oportunidades de emprego, além de mostrar quais municípios tem conseguido avançar em mobilidade urbana, caso da capital goiana.

Dentre os fatores apontados como impactantes para o comprometimento do acesso aos postos de trabalho estão falta de investimento em transporte público, viagens mais longas e demanda excessiva de automóveis. Estes pontos têm norteado as ações da Prefeitura de Goiânia, que realiza estudos de origem e destino, além de realizar intervenções para melhorar a mobilidade em todas as regiões da Capital.

Outras ações que impactam diretamente na mobilidade não só dos goianienses, mas de pessoas de toda a Região Metropolitana são os investimentos no sistema de transporte coletivo.

“Temos implantando novos bilhetes, em um sistema moderno e funcional que diminui o tempo das viagens e estimula o uso do transporte público, tirando carros de circulação e dando maior fluidez ao trânsito”, destaca o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu.

Com a conclusão do BRT Norte/Sul, entre o Terminal Recanto do Bosque e o Terminal do Cruzeiro em Aparecida, a Capital contará com 121 linhas conectadas, 36 estações e uma velocidade média entre 22 e 26 km/h. A operação, com uma extensão de 29,6 km, resultará em uma redução considerável no tempo de viagem. Uma ação que impactará a vida de 150 mil pessoas todos os meses, abrangendo a Região Central de Goiânia, espaço que historicamente concentra grande oferta de empregos.

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