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Grupo mantém tradição da Folia de Reis em Aparecida de Goiânia

Grupo mantém tradição da Folia de Reis em Aparecida de Goiânia

Grupo mantém tradição da Folia de Reis em Aparecida de Goiânia

A tradição centenária da Folia de Santo  Reis é mantida em Aparecida de Goiânia. O grupo “Folia Aparecidense” atua há mais de cem anos na cidade. Antes, a manifestação religiosa era realizada nas grandes fazendas da região. Hoje, moradores da Região Central , onde a cidade começou, mantém o costume  de celebrar a visita dos três reis magos feita a Jesus , após seu nascimento. 

Nesta edição, grupos de Cromínia , Hidrolândia , Piracanjuba e Goiânia se juntaram ao “Folia Aparecidense” para celebrar a Folia de Reis. Ao longo da programação, que termina em 8 de dezembro, mais de 30 foliões e mais de 100 participantes irão se juntar na celebração tradicional da Igreja Católica. 

Na manhã desta quinta-feira (5), os foliões irão percorrer ruas da Região Central rumo à Região Leste da cidade. Ao longo do caminho, os fiéis cantam e rezam. A manifestação religiosa é marcada ainda pelos personagens mascarados e suas danças. 

Os foliões entram nas casas daquelas pessoas que aceitam “receber” a Bandeira de Santo Reis. O ato representa a benção dos Santos Reis para a família anfitriã. Tudo isso é coordenado pelo embaixador da folia. Entre outras coisas, ele determina o que cantar e também como irão proceder os demais membros. Nesta edição, Luziano Inácio , o Zanino, é quem vai liderar a folia. 

“A Folia de Reis é uma tradição da Igreja Católica. Em Aparecida, nós trabalhamos para manter e também estamos passando nossos conhecimentos para as novas gerações. É algo que representa muito da fé do povo. Antigamente, quando as folias eram feitas nas fazendas, era comum reunirmos mais de 200 pessoas. É algo muito bonito porque mistura fé, amizade , confraternização e muita fartura. Só conseguimos fazer tudo isso porque muitas pessoas nos ajudam”, aponta a presidente da Associação dos Catireiros de Aparecida, Nilmari Alves de Siqueira. 

Depois de caminhar bastante , o grupo de foliões vai chegar a uma chácara às margens da BR-153, no Distrito Agroindustrial de Aparecida. Lá, será realizado mais um momento de oração e posteriormente será servido um farto almoço oferecido pelo casal Nilda Simone e Jeferson Andreia. No cardápio, frango ao molho, arroz, tutu de feijão, salada, macarronada, refrigerante  e doces.

“A Folia de Reis reúne muito conhecimento popular e crença. Temos oportunidade de conhecer melhor nossa história porque as pessoas falam sobre o passado com muito saudosismo. Os almoços de folia são especiais porque resgatam os grandes banquetes que eram servidos quando a festa era realizada nas fazendas”, lembra a escritora e foliã , Nilda Simone. 

FOLIA DE REIS 

O Dia de Reis, celebrado no dia 6 de janeiro, marca uma tradição centenária na cultura popular brasileira, que é a passagem das folias pelas ruas, reunindo grupos de cantadores e instrumentistas que entoam versos em homenagem aos três reis magos: Baltazar, Belchior e Gaspar. 

Belchior, Gaspar e Baltazar, convertidos em santos pela Igreja Católica, teriam saído do Oriente se guiando por uma estrela e levavam três presentes: ouro, incenso e mirra, simbolizando realeza, imortalidade e espiritualidade. Para os devotos, a data da chegada dos reis magos ao destino é quando se encerram os festejos natalinos, que começam quatro domingos antes do 25 de dezembro, dia atribuído ao nascimento de Jesus Cristo.

Dessa forma, o dia 6 de janeiro marca o momento em que esses três reis magos foram visitar o recém-nascido Jesus Cristo, em Belém, cidade milenar localizada atualmente na Palestina. Neste dia, também são desarmados os presépios, as árvores e os demais enfeites natalinos.

De origem portuguesa, a Folia de Reis ou Reisado foi trazida para o Brasil durante o período colonial, se manifestando a partir de diversos títulos: Terno de Reis, Tiração de Reis, Rancho de Reis, Guerreiros e Reisado. Elas consistem na presença de cantadores, tocadores de instrumento, que saem pelas ruas, de casa em casa, cantando louvores a um santo de devoção e recolhendo donativos para ofertar aos mais necessitados ou cumprindo promessas que as pessoas fazem aos seus santos.

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