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Férias, o recesso e as folgas de fim de ano podem proporcionar oportunidades para dar um “up” na vida profissional

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Não é segredo para ninguém que o mercado de trabalho está em constante mutação. Os motivos para essa transformação são diversos, mas a rapidez no surgimento de inovações tecnológicas é apontada por especialistas como um, e talvez o principal, desses fatores. Quem não quer ficar para trás nessa corrida para o ranking da empregabilidade precisa acelerar.

Especialistas já não falam apenas em capacitação, mas sim em requalificação, pois mesmo profissionais supercapacitados correm o risco de ficar obsoletos, porque assim como novas profissões estão surgindo, várias estão desparecendo, e outras tantas serão descartadas pela nova realidade do mercado de trabalho nos próximos anos.

Já está claro que quem vai ocupar as primeiras posições nessa maratona não é mais quem acredita estar pronto, mas quem já se deu conta de que o aprendizado não pode parar, já que o cenário não é fixo, mas flutuante e inovador.

Para quem já está no mercado de trabalho, o fator tempo muitas vezes é um impeditivo para fazer novos cursos. Então, as folgas, recessos ou férias no final/começo de ano talvez sejam o momento para melhorar seu currículo, principalmente se levar em conta que a pandemia aumentou, significativamente, o número de cursos, treinamentos, simpósios, congressos, nas mais diversas plataformas digitais.

Segundo a especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama, os cursos de férias podem ser excelentes oportunidades para acompanhar as mudanças, que estão cada vez mais rápidas, intensas e profundas no mercado de trabalho, e evitar a chamada “obsolescência”. Ela, ainda, orienta que. antes de escolher um curso ou treinamento, as pessoas devem aprender a elaborar metas e objetivos para suas carreiras, para depois fazer escolhas e definir ações. “Para quem não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve. Portanto, cuidado com as receitas de sucesso que prometem resolver qualquer coisa em sete  passos ou dicas.”

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Outra observação da especialista é com relação ao tempo disponível para a realização dos cursos. “Organizar uma agenda também é sugerido. Tenho muitos clientes que compraram tantos treinamentos que agora não sabem quando e como farão.”

Ela cita o último relatório sobre o futuro do trabalho, divulgado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, que confirma a advertência. “O relatório mostra que, mesmo os treinamentos oferecidos pelas empresas, já não cabem mais na agenda de seus colaboradores.” 

Tecnologia e inovação

Rebeca Toyama chama a atenção para outros pontos destacados pelo documento do Fórum Econômico Mundial que merecem ser levados em conta. Dizem respeito ao aumento do uso da tecnologia no mercado de empregos. Veja alguns pontos:

– Em 2025, os recursos de máquinas e algoritmos serão mais amplamente empregados do que nos últimos anos, e as horas de trabalho realizadas por máquinas corresponderão ao tempo gasto trabalhado por seres humanos;

– 15% da força de trabalho de empresas estará em risco até 2025, e em média, 6% das companhias esperam que os trabalhadores sejam totalmente deslocados de função;

– Estima-se que até  2025, 85 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão de trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 97 milhões de novos papéis podem surgir e serão adaptados a nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.

O relatório projeta, ainda, que, em médio prazo, haverá um crescimento nos chamados “empregos do amanhã”, com uma demanda crescente para profissionais que desenvolverem as habilidades que fazem superar os robôs. Segundo Rebeca, quem está buscando cursos nesse momento já deve se antecipar a essa tendência. “É muito importante acompanhar o ritmo da mudança e desenvolver a base de conhecimento sobre o futuro do emprego e as habilidades para os profissionais, nesse novo movimento que chegou antes do que previam os analistas” diz.  

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Para quem está buscando se requalificar para mudar de carreira, a especialista aponta áreas relacionadas à saúde física e mental, tecnologia, vendas e marketing digital, como algumas das que tendem demandar mais mão de obra nos próximos anos, por conta do atual cenário de isolamento social. E aconselha: “Desenvolver soft skill, as habilidades comportamentais, também é um bom caminho, pois é o fator que mais pesa na transição e crescimento profissional”, ensina Rebeca.

Além das folgas que algumas pessoas têm nesse período, a especialista em gestão de carreira lembra que, por causa da pandemia, houve um aumento na oferta de cursos nos meios digitais, sendo que muitos são gratuitos. Mas é preciso ter critérios na hora da escolha. “Tem muita coisa boa gratuita e paga, como também tem muita oferta ruim, gratuita e paga. Por isso, reforço a importância da clareza de onde se quer chegar antes de escolher. Uma oportunidade bastante interessante é participar dos congressos internacionais que agora estão acontecendo de forma online a preços bastante acessíveis ou gratuitos e com conteúdo de muita qualidade.”

Por fim, a especialista lembra que, apesar da importância da continuidade do aprendizado, há que se preocupar também com a qualidade de vida. “Aproveitar o tempo das férias ou de folgas para a profissionalização pode ser interessante, desde que não comprometa a qualidade de vida e o bem-estar, pois manter a saúde mental é um desafio tão importante quanto se qualificar. Empresas costumam desligar pessoas doentes e desequilibradas”, analisa.

Confira algumas instituições que oferecem cursos de férias que podem ajudar a “turbinar” seu currículo:

* Fundação Getúlio Vargas
https://inscricoes2021.com.br/fgv-cursos-gratuitos-2021.html

* Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) 
https://inscricoes2021.com.br/senai-inscricoes-vagas-cursos.html

*Gare – Escola de Artes Criativas e Design
https://www.garecultural.com.br/cursos-de-ferias-2021/

* Serviço Social do Comércio (Sesc) 
www.sesc.com.br  .

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