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Sustentabilidade

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Sustentabilidade. Essa é a palavra de ordem em todo o Planeta Terra. E se justifica. A sustentabilidade pode ser definida como ações ou atividades humanas que visam suprir as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras. É tão importante para a sobrevivência da raça humana, que a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para serem atingidos pelas nações até 2030. Um esforço que inclui o cidadão, empresas e governos.

Para se atingir os ODS, o conceito de sustentabilidade precisar estar na pauta não só das autoridades mundiais, mas também de cada pessoa. E essa foi uma das preocupações na elaboração dos projetos da nova sede da Assembleia Legislativa de Goiás. Nesse sentido foram buscadas, prioritariamente, soluções de engenharia que pudessem reduzir o impacto ambiental, tanto da obra, quanto do futuro prédio.

Uma das maiores preocupações para especialistas em meio ambiente é a escassez de água no planeta. A preocupação procede. Segundo a ONU, se nada for feito para mudar o padrão de consumo, dois terços da população global poderá sofrer com escassez de água doce até 2025. No Brasil, estudos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostram que, de um total de 29 aglomerados urbanos no país, 16 já precisam buscar novos mananciais para garantir o abastecimento. 

São várias as causas para a crise hídrica, mas a reutilização da água é um dos caminhos para mitigar os efeitos. Segundo o responsável técnico pela obra, no novo prédio da Assembleia Legislativa toda a água gerada pelo sistema de ar condicionado será capturada e usada na limpeza e na jardinagem. “Dependendo do tratamento, é possível usar até também nos banheiros”, explica Rodrigo Santos.

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A água da chuva também terá duas destinações importantes previstas no projeto: dois reservatórios, um de 180 mil e outro de 225 mil litros, também vão ajudar a garantir água para os serviços gerais.

Mas com relação às chuvas, o engenheiro responsável pela obra, explica que além do reaproveitamento, o mais importante será a água que vai infiltrar no solo. “Além da área permeável de 12.629,69m², serão 20 caixas de recarga do lençol freático de 1200 milímetros. Isso é que o mais relevante no projeto: contribuir com o reabastecimento das águas subterrâneas”, explica Santos.

Ainda sobre as águas pluviais, o projeto prevê a redução do impacto da enxurrada nas ruas do entorno do novo prédio. Para isso está sendo construído um sistema de amortecimento, que vai liberar aos poucos a água acumulada em precipitações de grande volume, reduzindo, dessa forma, o alagamento das ruas e avenidas próximas. 

Redução no consumo de energia elétrica

A economia de energia elétrica também foi contemplada no projeto da nova sede . Essa redução virá de várias formas: primeiro porque a iluminação do prédio será 100% em led. De acordo com o engenheiro, esse é a tecnologia mais utilizada atualmente por conta do gasto bem inferior, em relação às lâmpadas comuns, e da durabilidade. Enquanto uma lâmpada incandescente gasta certa de 60 W para produzir uma determinada quantia de luz, um conjunto de LED precisa de apenas 20 W.

A diminuição no consumo de energia também virá do uso restrito do ar-condicionado e da iluminação artificial. Isso porque as áreas de circulação do prédio terão uma cobertura que vai permitir a ventilação natural e a iluminação zenital, uma tendência mundial em que a luz do sol é aproveitada em ambientes internos. Assim, a utilização da climatização e das lâmpadas ficará limitada às salas e outros ambientes fechados.

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Por fim, a futura sede da Assembleia Legislativa terá uma estrutura para a coleta seletiva e separação total de resíduos, que poderão ter a destinação correta, de forma a reduzir o lixo enviado ao aterro sanitário.

Com a transferência para a nova sede, o meio-ambiente também terá ainda mais um reforço em Goiânia. O Palácio Alfredo Nasser, que abriga hoje o Legislativo goiano, construído ao lado do Bosque dos Buritis, uma área de proteção ambiental, em 1962, numa época em que não havia preocupação com a preservação da natureza, passará às mãos da Prefeitura da capital. A doação do prédio já está legalizada, com a aprovação da lei 17.990/13.

Segundo o secretário municipal de cultura de Goiânia, Kléber Adorno, o local será uma referência para a cultura goiana, já que o prédio vai ser transformado num complexo que abrigará o Centro Livres de Artes, o Museu de Artes de Goiânia, a rede de núcleos musicais de Goiânia e ainda possibilitará a criação do Arquivo Histórico Municipal, que hoje é inexistente por falta de espaço físico. Assim, a cultura e o lazer, que contribuem para o bem-estar da população também serão contemplados. E essa é mais um forma de contribuir para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que tem na meta 3, a saúde e o bem-estar da população.

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