Política
Em prol do ser humano
Neste 19 de janeiro é celebrado anualmente o Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional. De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), o terapeuta ocupacional é o profissional dotado de formação nas áreas de Saúde e Sociais e sua intervenção compreende avaliar o cliente, buscando identificar alterações nas suas funções práxicas, considerando sua faixa etária e/ou desenvolvimento, sua formação pessoal, familiar e social. A base de suas ações compreende abordagens e/ou condutas fundamentadas em critérios avaliativos com eixo referencial pessoal, familiar, coletivo e social, coordenadas de acordo com o processo terapêutico implementado.
A data, que é celebrada a nível internacional, além de homenagear os profissionais da área, representa a regulamentação do Decreto-Lei 938, de 13 de outubro de 1969, que estabeleceu um código de ética supervisionado pelo Coffito.
Terapeuta ocupacional há cinco anos, Thainara Mundim destacou quais são os principais desafios na sua atuação. “A terapia ocupacional apesar de consolidada como primordial no desenvolvimento de pessoas com deficiência enfrenta diversos desafios em sua atuação, dentre eles, a falta de reconhecimento e conhecimento sobre a função da profissão por parte do público, a desvalorização da classe também é um dos desafios que estamos enfrentando, piso salarial baixo, e faculdades oferecendo cursos on-line e usando a terapia ocupacional como curso técnico”, diz.
Thainara relata a sua experiência como profissional da terapia ocupacional. “Trabalhei em lugares conceituados como Instituto Espírita Batuíra e Vila São Cottolengo, e, atualmente, atuo com pacientes que têm Transtorno do Espectro Autista (TEA). Tenho a maior satisfação em atuar com esse perfil de paciente e busco cada vez mais me especializar na área. Poder proporcionar qualidade de vida e autonomia para as pessoas me faz ter a certeza que essa é a melhor profissão que eu poderia ter escolhido.”
Terapia Ocupacional em destaque na Assembleia Legislativa de Goiás
Propositura voltada a instituir a Política Estadual da Assistência em Terapia Ocupacional foi aprovada em votação definitiva pelo Plenário, no dia 20 de outubro de 2022. No texto, de autoria do deputado Bruno Peixoto (UB), líder do Governo na Casa de Leis, objeto do processo nº 7515/21, o autor ressalta que o intuito é esclarecer acerca dos atributos dos referidos profissionais, além de divulgar pontos de atendimento.
“Os terapeutas ocupacionais exercem seu ofício com autonomia profissional e em colaboração com outros profissionais de serviços de saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e lazer”, explica o parlamentar.
Peixoto ressalta, também, que a política em pauta visa informar gestores, equipes multiprofissionais e a população em geral das várias atribuições dos terapeutas ocupacionais, divulgar os pontos de atendimento às pessoas com necessidade de assistência em terapia ocupacional, informar para gestores, profissionais, equipes multiprofissionais, população em geral e a quem possa interessar qual é o objeto profissional – de estudo e de trabalho – da profissão de terapeuta ocupacional, e, ainda, inserir a Política Estadual de Ampliação e Indicação da Assistência em Terapia Ocupacional nos diferentes pontos onde o terapeuta ocupacional pode atender.
O parlamentar esclarece que o terapeuta ocupacional é o profissional de nível superior da área da saúde, da assistência social, da educação e da cultura, dentre outras, definidas a partir das diretrizes curriculares nacionais, diplomado por escolas e cursos regularmente reconhecidos pelo Estado.
Peixoto discorre sobre a relevância da terapia ocupacional enquanto ciência voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas, por meio da sistematização e utilização da atividade humana como base de desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos.
O deputado coloca que a terapia ocupacional adquiriu paulatina importância no campo da saúde e nas relações sociais, bem como, paralelamente, obteve autonomia acadêmica e científica nos últimos 50 anos em nosso País.
O projeto de lei segue agora para sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).
Fonte: Assembleia Legislativa de GO
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