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Em 21 de abril, comemora-se o Dia da Polícia Civil. Deputados avaliam a atuação e a estrutura da categoria em Goiás

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Não por acaso o Dia da Polícia Civil é celebrado nesta quinta-feira, 21 de abril. A data homenageia Tiradentes, o inconfidente, Joaquim José da Silva Xavier, considerado o patrono da Polícia Civil. Figura de luta, esse líder mineiro não se curvou e nem se intimidou, acabou por doar sua vida a uma causa maior, demonstrando espírito de corpo e garra, também observado na atuação da polícia, em prol da ordem e da paz social.

O mártir era também alferes de milícia, a polícia daqueles tempos longínquos, na época do Brasil Colônia. Por sua bravura, coragem e audácia pagou um preço e teve uma morte cruel por ordem da coroa portuguesa. Preso, incomunicável (por três anos), condenado à forca, esquartejado, bens retomados (pelo Fisco), teve, por fim, sua casa completamente dilapidada e salgada para que “em seu chão nada mais fosse edificado”. Por amor à Pátria, se destacou e pode ser considerado um grande herói brasileiro e, por justiça, foi àquele que inspirou a Polícia Civil desde o seu nascedouro.

Historiadores relatam que a Polícia Civil nasceu junto à Secretaria dos Negócios da Justiça, em 1841, tendo como primeiro chefe de polícia, o conselheiro Rodrigo Antônio Monteiro de Barros. Entretanto, somente em 1905 foi criada a Polícia Civil de Carreira, sendo reestruturada, a partir daquela época, essa importante atividade profissional. A instituição surgiu pela necessidade de uma entidade fiscalizadora que fizesse com que as leis fossem cumpridas e levasse à justiça aqueles que não seguissem as regras impostas pela coroa.

Categoria é bem representada no Parlamento goiano

No Parlamento goiano, as polícias estão representadas pelos deputados delegados: Adriana Accorsi (PT), Eduardo do Prado (PL), Humberto Teófilo (Patriota) e, ainda, os deputados Coronel Adailton (PRTB) e Major Araújo (PL), que hoje rendem suas homenagens a todos os profissionais que compõem a carreira da Polícia Civil. Os cinco expoentes advindos dessa categoria garantem que, na Alego, eles trabalham unidos para dar visibilidade às questões da segurança pública em Goiás, buscando, com isso, proporcionar uma segurança mais efetiva para a população.

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“Todos os policiais civis merecem ser lembrados pelo seu dia, pois são aqueles que levam o sentimento de justiça ao cidadão quando ele é vítima de um crime. Esses são profissionais guerreiros que lutam em prol de melhores condições de segurança para a população”, comentou o deputado Delegado Humberto Teófilo em entrevista à Agência de Notícias.

Humberto Teófilo alega que a Polícia Civil é fundamental para elucidar os crimes cometidos contra a sociedade. Sua função primeira é buscar identificar os autores e punir todos eles, de acordo com a legislação brasileira. “É um órgão responsável pela segurança da população e a manutenção da ordem pública, seguindo as leis e normas de boa conduta em sociedade”, conclui.

Paralelamente, o deputado Coronel Adailton defende que “as investigações realizadas pela Polícia Civil vem sendo muito exitosas. Os crimes de latrocínio são praticamente todos elucidados e o trabalho de inteligência tem ajudado a evitar a ocorrência de crimes mais graves”, comentou o parlamentar.

Qualidade na prestação de serviços passa pela melhoria da estrutura

O deputado Coronel Adailton ressalta que “o Governo, os deputados estaduais e federais valorizam, sobremaneira, a atuação dos profissionais da segurança pública no estado. Os policiais civis são dedicados e precisam muito ser valorizados por isso. Entendo que salário digno é contrapartida do que fazem pela população”, entretanto, a estrutura da categoria tanto física quanto de pessoal precisa melhorar, destaca o parlamentar.

“Acredito que a estrutura, tanto física quanto de pessoal da Polícia Civil está muito aquém do necessário e, por isso mesmo, tenho destinado emendas parlamentares para a estruturação de algumas unidades, como por exemplo, para Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), de Goiânia e Senador Canedo, e também, para algumas delegacias do interior, comenta a deputada Delegada Adriana Accorsi, vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Casa.

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A componente da comissão entende que “o momento não é só de homenagem, mas também de reflexão sobre o trabalho que vem sendo desempenhado pela Polícia Civil”, conclui Accorsi.

Como é a carreira da Polícia Civil

Os principais cargos disponíveis na carreira da Polícia Civil são: delegado, escrivão, investigador, perito criminal e perito legista. As funções são bastante distintas, igualmente importantes e possui competências específicas delimitadas pela própria instituição. O cargo é estadual e a entrada somente acontece através de concurso público.

O delegado é o responsável por planejar, coordenar e supervisionar as investigações e operações policiais. Já o escrivão tem como função realizar o trabalho burocrático da Polícia Civil. Enquanto isso, o investigador fica encarregado de apurar, diretamente, a autoria de crimes, contravenções e outros tipos de infrações, cabendo a ele dar cumprimento a mandados de prisão ou busca e apreensão, encontrar testemunhas, investigar indícios e provas, entre outros.

Na parte da perícia, o trabalho é dividido entre o perito criminal e o perito legista. O primeiro, perito criminal, é responsável por colher informações e fazer análise das provas, por meio de exames laboratoriais, identifica as provas e redige os laudos. Já o segundo, o perito legista, é o profissional encarregado de supervisionar, coordenar e planejar as perícias médico-legais, onde os dados coletados são usados na investigação criminal e no processo.

Todos esses cargos são essenciais para que a Polícia Civil cumpra suas funções de prevenir, repreender, investigar e prender, levando o sentimento de justiça ao cidadão quando esse é vítima de um crime. É a força repressiva do Estado.

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