Nacional
Doria e Bolsonaro alteram fila da imunização para disputar policiais; entenda
O novo capítulo da disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), atingiu um dos principais pilares de apoio ao presidente: policiais estaduais e federais, que pleiteiam desde o início do ano a inclusão da categoria na lista de prioridades da vacinação contra a Covid-19.
O governador acenou primeiro, atendendo esse anseio no estado, e agora o governo federal que fazer o mesmo no plano nacional.
Na quarta-feira, dia 24, Doria anunciou a vacinação do grupo, a partir de 5 de abril. Cerca de 180 mil devem ser imunizados, incluindo agentes das guardas civis, das polícias Militar, Civil e Civil e Científica e da escolta penitenciária. O governador garantiu vacina ainda para agentes federais que atuam no estado.
A medida causou mal-estar entre bolsonaristas, que pleiteavam que a prioridade para a categoria partisse do governo federal. No início da semana, a direção da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) veio a público para relatar o descontentamento com o presidente por causa do tema.
Dois dias antes do anúncio do governo paulista, em 22 de março, Bolsonaro recebeu via mensagem de celular um apelo do amigo e ex-deputado federal Alberto Fraga para que policiais fossem vacinados. O presidente respondeu que a medida poderia lhe trazer problemas de ordem jurídica, por causa da sua reconhecida identificação com a classe policial. “Se eu me impor (sic), vai me dar um problema enorme”, disse, em áudio tornado público por aliados de Fraga.
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Bolsonaro diz ainda que mandou “o pessoal buscar um jeito de atender” à demanda. No mesmo dia 22, o ministro da Justiça, André Mendonça, enviou ofício ao Ministério da Saúde relatando a “situação de vulnerabilidade e alto risco de contaminação” enfrentada por policiais. O anúncio de vacinação do governo paulista viria dois dias depois.
O presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública na Câmara dos Deputados, deputado Capitão Augusto (PSL-SP), diz que ainda há tempo para Bolsonaro anunciar a extensão da vacinação a policiais em todo Brasil.
“O governo federal acabou ficando para trás. Não se trata de privilégio ou regalia, mais de 30% dos policiais de São Paulo foram infectados pela doença”, diz.
Na última sexta-feira, dia 26, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ao STF pedido de inclusão das forças de segurança entre as prioridades do plano de vacinação.
Em seu primeiro discurso após ter restabelecidos seus direitos políticos, o ex-presidente Lula também acenou à categoria. Disse que as corporações precisam de bons armamentos, e não a população em geral, como prega Bolsonaro.
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