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Doação de Órgãos

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Nesta terça-feira, 27 de setembro, é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. A data, que foi instituída por meio da Lei nº 11.584/2007, visa conscientizar a sociedade sobre a importância do ato. Reconhecido por ter o maior programa público de transplantes do mundo, o Brasil encerrou o primeiro semestre com mais de 1,3 mil transplantes realizados.

Os dados são do último relatório divulgado pela Associação Brasileira de Transplantes (ABTO). Segundo este, em junho, mais de 51 mil brasileiros aguardavam na fila à espera de doadores. Deste total, mais da metade estava à procura de um rim, quase 40% aguardavam a oportunidade de receber uma nova córnea e mais de 1,2 pacientes buscavam um transplante de fígado.

Na sequência, estavam os que esperavam, respectivamente, a doação de órgãos como o coração (293), pulmão (197) e pâncreas (100). Havia, ainda, aqueles que necessitavam simultaneamente de doadores de pâncreas e rim, com quase 300 solicitações registradas. Embora não notificados, transplantes de órgãos como o intestino e de tecidos, como válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias, artérias e medula também podem ser realizados. 

Pacientes assistidos em UTI com quadro de morte cerebral ou encefálica são os mais procurados para as doações. A condição é confirmada quando há interrupção total de circulação sanguínea na região, que pode ser resultado de traumatismo craniano, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou hemorragia no cérebro. 

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Nesses casos, a Lei de Transplantes determina que a doação de órgãos só pode ser, atualmente, efetivada, após autorização expressa da família do paciente. No primeiro semestre, foram contabilizadas mais de 6 mil mortes do gênero, mas apenas um quarto delas resultou em doações, de fato. 

Embora a morte cerebral seja considerada irreversível e definitiva e a doação de órgãos e tecidos saudáveis possa contribuir para melhorar e até mesmo salvar muitas vidas, questões como religião, somadas à incompreensão da população sobre o processo e à falta de habilidade das equipes de saúde em comunicarem o fato estão entre os fatores que têm dificultado uma adesão mais ampla à campanha implícita na data de hoje.

Situação em Goiás

Em Goiás, dos 239 casos notificados no primeiro semestre, apenas 31 receberam o aval para doação, o que resultou em 28 transplantes. Na lista de espera, estão reunidos, hoje, mais de 1,5 mil nomes. Dentre estes, a maioria aguardava uma nova córnea (mais de 85% dos inscritos). Outros 223 goianos seguiam na fila por um novo rim e um paciente esperava por transplante de fígado. 

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O Hospital Geral de Goiânia (HGG) e a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia se destacam, atualmente, como as duas maiores referências estaduais no ramo.

Ação parlamentar

Na atual Legislatura da Alego, o único projeto em tramitação sobre o tema é o que visa a instituição do chamado “Setembro Verde”. A iniciativa defendida pelo deputado Delegado Eduardo Prado (PL) é a de que, ao longo do mês, uma série de ações educativas, eventos e palestras sejam realizados para promover a conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos e, assim, tentar reduzir os altos índices de recusa no estado. 

“Para mudar este quadro e permitir que cada vez mais pessoas que estão na fila dos transplantes possam voltar a desfrutar de uma vida confortável, é essencial inserir a temática da doação no cotidiano, dentro das escolas e faculdades de medicina, e também desfazer mitos que circulam entre a população. É preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão”, justifica o parlamentar. A matéria foi protocolada em setembro de 2020 e aguarda, agora, a apreciação plenária, em primeira fase de discussão e votação. 

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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