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Controlar e prevenir

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O colesterol em níveis elevados no organismo é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, a maior causa de morte no país e no mundo. Para lembrar a importância do controle, em 2003 o Ministério da Saúde instituiu o 8 de agosto como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 18 milhões de pessoas no País estão, comprovadamente, com o nível de colesterol elevado, ou seja, quatro em cada dez adultos. Mas esses números, apesar de altos, não refletem a realidade: o número de casos deve ser muito maior, isso porque, em sua grande maioria, o aumento do colesterol acontece de forma silenciosa, sem provocar sintomas. Muitas vezes as pessoas só descobrem que estão com as taxas elevadas, quando desenvolvem enfermidades provocadas por esse aumento, especialmente, doenças cardiovasculares, como o infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).

Segundo o portal Cardiômetro, da SBC, somente em 2022, mais de 240 mil pessoas morreram por essas enfermidades no país. Número que muda a todo instante, já que são mais de 1.100 mortes por dia, 46 óbitos por hora, uma morte a cada 90 segundos.

E todas as estatísticas sobre essas doenças são assustadoras. Ainda de acordo com o portal, os males cardiovasculares causam o dobro de mortes que aqueles devidos a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência), três vezes mais que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções incluindo a aids.

Apesar de ser um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, juntamente com a diabetes e a hipertensão, o colesterol é um composto fundamental para o pleno funcionamento do corpo humano. Médico cardiologista e coordenador do Serviço de Cardiologia do CRD Medicina Diagnóstica, Arthur Pipolo explica:o colesterol é um componente essencial para o funcionamento do nosso organismo. Ele é responsável diretamente pela produção de membranas celulares e alguns hormônios vitais para nosso corpo”.

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A substância é produzida, preponderantemente pelo corpo humano, especialmente pelo fígado. Mas uma dieta rica em alimentos gordurosos pode provocar o excesso de colesterol no corpo. E é aí que surgem os problemas. Como é uma gordura, o colesterol não se dissolve em meio líquido, por isso é transportado na corrente sanguínea por lipoproteínas, sendo as principais a LDL e o HDL.

A LDL, originada da sigla em inglês low-density lipoprotein, é uma lipoproteína de baixa densidade, responsável pelo transporte de colesterol, produzido pelo fígado, para as células, onde serão utilizadas. Se existir excesso de LDL na circulação, sem aproveitamento pelas células, aumenta o risco de depósitos de placas de gordura nas paredes das artérias, a chamada aterosclerose, o que pode causar a obstrução delas. E é esse processo que pode provocar um AVC, infarto, trombose e até complicações renais. Por este motivo o LDL é comumente chamado de mau colesterol.

Já o HDL, do inglês high desnity lipoprotein, tem a função de carregar o colesterol de outras partes do corpo de volta para o fígado, que vai remover essa gordura do organismo. Por esta propriedade, o HDL é conhecido por bom colesterol.

Apesar da nomenclatura de bom e mau colesterol, o que muda são as substâncias que o “transportam” no corpo humano. Da mesma forma, apesar da má fama, o colesterol não é o causador de doenças, mais sim, o excesso é o que pode levar aos problemas.

O aumento do colesterol pode ser provocado por dois motivos: por uma predisposição genética, que exerce um enorme peso no desenvolvimento do colesterol alto, ou pelo estilo de vida, que inclui sedentarismo, má alimentação, especialmente rica em gordura e açúcares e o tabagismo.

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Como os sintomas de que o nível de colesterol está em desequilíbrio no organismo, geralmente só aparecem quando outras doenças já estão instaladas, o médico ensina que o ideal é evitar a elevação da substância o organismo. “A dislipidemia ou o aumento do colesterol é silenciosa, por isso a importância do check up anual e da visita regular ao seu médico. Além disso, primar por hábitos saudáveis, controlando o peso. Em alguns casos o acompanhamento médico com prescrição de medicações é necessária.”

O diagnóstico da dislipidemia é muito fácil de ser feito. Um simples exame de sangue chamado lipidograma é capaz de detectar o aumento das taxas. A partir daí o médico vai orientar o tratamento para reduzir os níveis de colesterol.

Segundo Arthur Pipolo, parte da terapia é a mesma indicada para a prevenção à doença, sendo que em alguns casos, é necessário o uso de remédios. “Todo o tratamento é baseado em readequações de hábitos de vida, com instituição de dieta balanceada, perda de peso e início de atividade física. A medicação é utilizada em casos específicos e sempre guiada pelo médico”, diz o especialista.

Para finalizar, o médico reforça a necessidade do controle das taxas de colesterol, como forma de prevenir os muitos males provocados pela elevação dos níveis da substância. “É importante ressaltar que o colesterol é de suma importância para o funcionamento do nosso organismo, com funções vitais em nosso corpo. Precisamos então, controlar essas taxas, tendo o LDL, o HDL e os triglicérides em níveis aceitáveis e saudáveis. Tenha seu check up em dia, não deixe para amanhã”, resume.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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