Operação desarticula esquema de notas fiscais frias
A Secretaria da Economia e a Polícia Civil, por meio do Fisco de Goiás e da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), realizaram nesta quinta-feira (11) a Operação Peneira de Vime. Os auditores fiscais da Economia, a partir do trabalho de inteligência financeira, detectaram a existência de empresas fantasmas vendendo grãos de milho e soja produzidos em Goiás e emitindo notas fiscais frias.
Estima-se mais de R$ 100 milhões em sonegação. Os resultados foram apresentados pelos órgãos envolvidos ainda pela manhã, na Secretaria de Segurança Pública. A secretária da Economia Cristiane Schmidt, que participou da coletiva de imprensa, ressaltou a parceria entre os órgãos.
“A DOT e o Fisco estão de mãos dadas, por isso faço questão de estar aqui para agradecer, isso porque, a recuperação do ICMS sonegado beneficia todos os municípios goianos e culmina em benefício para toda a sociedade”, ressaltou Schmidt.
Já o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, destacou que “a integração é um dos principais pontos do governo Ronaldo Caiado, para deixar a mensagem para a população de que o governo está trabalhando por ela”.
O superintendente de Controle e Fiscalização da Economia, Marcelo Mesquita, explicou que o grupo foi identificado a partir da emissão de notas com valores superiores aos normais, levando a indícios de serem “empresas noteiras”, que criminosamente comercializam notas fiscais. “Percebemos que essas empresas não tinham um histórico de volume para negociar a quantidade de grãos que constava nas notas. Descobrimos que o único produto que elas comercializavam era nota fiscal”, ressaltou Mesquita.
O grupo, de acordo com a investigação, funcionava em cadeia que incluía o comprador, na figura do produtor rural, contabilistas e advogados para formação de empresas noteiras para atuar no esquema criminoso. “Nosso trabalho de cruzamento de dados financeiros e fiscais tem sido eficaz na detecção desse tipo de crime. O Fisco, a Polícia Civil e, agora, o Ministério Público, juntos, têm trabalhado para encontrar os caminhos para combater a sonegação e punir os envolvidos”, salientou Mesquita.
A investigação começou em dezembro de 2020, e envolve até agora 17 empresas, sendo dez delas em Goiás. Foram cumpridos 29 mandados de Busca e Apreensão, sete mandados de Prisão Temporária e a suspensão das atividades das empresas.Os mandados foram cumpridos em Goiânia, Luziânia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Nerópolis, Itumbiara, Cachoeira Dourada, Cuiabá-MT, Xinguara-PA, Marabá-PA e no Distrito Federal.
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