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Campanha nas redes sociais da Alego que revela detalhes da história do nosso estado, desembarca na cidade de Goiás

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Praticamente tudo na cidade de Goiás nos remete à nossa história. Não é para menos. O local onde foi fundado o antigo Arraial de Santana foi o primeiro alcançado pelos bandeirantes paulistas, ainda no século XVIII, nas terras que hoje formam o estado de Goiás. As bandeiras, formadas por homens que arriscavam suas vidas em busca de novas terras, índios para serem escravizados e minerais valiosos, adentravam os sertões e por vezes, se fixavam em alguns desses locais, especialmente se houvesse abundância de metais valiosos.

E ouro era o que não faltava naquela região margeada pelo Rio Vermelho. Assim nasceu o Arraial de Santana, que depois virou Goiás Velho e hoje, cidade de Goiás, cuja importância histórica foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural Mundial.

Um dos locais cheios de memória na cidade de Goiás é a Fonte da Carioca, primeira fonte pública de abastecimento de água da cidade. Fundada na segunda metade do século XVIII, além de servir aos moradores, especialmente os que habitavam a margem direita do Rio Vermelho, o chafariz também era ponto de descanso e abastecimento de tropeiros e viajantes que vinham de São Paulo pelo caminho real, passando por Meia Ponte, Ouro Fino e Ferreiro, com destino à Cuiabá. 

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Mas para além de suprir a necessidade básica de abastecimento, por muitos anos, o Largo da Fonte foi um local de convivência da população da cidade, principalmente os pertencentes às classes mais pobres, como as carregadeiras de água, as lavadeiras, os tropeiros e, ainda no tempo da escravidão, foi um dos poucos lugares, onde pessoas livres e escravos podiam estar juntos. Devido à sua importância, a fonte foi tombada individualmente em 1978, muito antes da cidade ganhar o título de Patrimônio da Humanidade. 

Além da fonte, no local há dois bens culturais de grande importância para a história de Goiás: a Estrada do Nascente, um dos caminhos reais que cruzavam o estado e a Usina de Força e Luz Ratto & Guedes, primeira usina termoelétrica de Goiás, praticamente um museu a céu aberto. 

Por falar em museu a céu aberto, durante as obras de recuperação da fonte, arqueólogos encontraram diversos objetos que contam um pouco sobre os antigos vilaboenses: pedaços de vasilhames de cerâmica, fragmentos de objetos de louça importada, garrafas de bebida, moedas do Brasil Império, além de objetos de uso pessoal, como anel de cobre, contas de colar e uma significativa quantidade de cachimbos decorados. 

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Com a restauração, o local ganhou a exposição permanente “Ecomuseu Fonte da Carioca”, resultado da pesquisa arqueológica. Uma forma de incentivar o conhecimento das origens dos moradores da cidade.

A postagem nas redes sociais da Alego traz ainda uma fotografia da fonte, datada da década de 1930, mostrando uma carregadeira de água deixando a fonte com seu vasilhame abastecido. Uma imagem comum para a época, mas de grande significado histórico atualmente. Por isso, a importância da preservação, seja através do tombamento ou de outras medidas que garantam a conservação do patrimônio, ou mesmo por iniciativas como a série Nossa História, que nos ajuda a conhecer para podermos ajudar a preservar! 

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