Política
Leite materno: amor e alimento
Dentro do Agosto Dourado, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, através do departamento de Serviço Social, abraça a causa da amamentação e realiza ao longo da próxima semana (29 de agosto a 2 de setembro) uma campanha de arrecadação de potes de vidro para abastecer o Banco de Leite do Hospital Estadual da Mulher (Hemu). O objetivo é abastecer a unidade com esse material básico, para ajudar a atingir a meta de manter ao menos 400 litros de leite humano na reserva e beneficiar o aleitamento materno em Goiás.
Para a campanha serão colocados dois pontos de coleta na Alego, sendo o principal na entrada do saguão e outro no próprio departamento de Serviço Social. Os doadores podem entregar potes de vidro de tampa larga de qualquer tamanho e qualquer quantidade. Os vasilhames serão encaminhados para o Hemu e, posteriormente, devem ser distribuídos para as lactantes realizarem suas doações.
A chefe da seção de Serviços Sociais da Alego, Lázara Helieth Cruvinel Ferreira, defende que a campanha é de extrema importância porque tem o poder de salvar muitas vidas. “O primeiro leite do bebê deve ser o materno, porque ele previne muitas doenças futuras. O leite materno pode ser considerado uma espécie de vacina natural”, pontua.
A responsável pelo banco de leite materno do Hemu, Renata Machado Lelis, revela que o número de leitos da UTI neonatal aumentou, mas as doações, infelizmente, caíram e, por isso, o banco de leite está buscando parceiros para realizar a campanha de doação de recipientes de vidro para aumentar seu estoque. “Somente dessa maneira é possível atender a demanda existente hoje”, afirma Renata.
A ideia é incentivar e criar as condições para que as mães se sintam cada vez mais encorajadas, amparadas e confortáveis para amamentarem seus filhos.
Amamentação vai além da nutrição
De acordo com o caderno “Saúde da Criança: aleitamento materno e alimentação complementar”, elaborado pelo Ministério da Saúde, a amamentação é um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e em sua saúde no longo prazo, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
Quando a mãe coloca o bebê no colo, aconchega o seu corpo, toca, acaricia e olha com ternura para o filho, está criando laços afetivos que vão possibilitar o desenvolvimento psíquico, físico e motor. Na amamentação, a mãe alimenta não só o corpo, mas também a alma desse novo ser. Portanto, o leite materno é, sem dúvida, o melhor alimento, sendo recomendada que seja feito até os 2 anos ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida.
Recente pesquisa realizada pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019) reforça o papel protetor da amamentação contra doenças infecciosas e crônicas da infância e, ainda, conclui que mais de 820 mil mortes de crianças menores de 5 anos por ano no mundo poderiam ser evitadas com o ato de amamentar.
Fonte: Assembleia Legislativa de GO
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