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Ampliado atendimento a pessoas em situação de rua no DF
No cenário da pandemia de covid-19, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) precisou ampliar o trabalho voltado para pessoas em situação de rua no Distrito Federal. Até o início do ano passado, a média era de 1,8 mil homens, mulheres, adolescentes e crianças atendidos, por mês, pelas equipes de abordagem social. Agora, esse número costuma chegar aos 5 mil, pois ficou comum mais de um atendimento por pessoa em um mesmo mesmo mês.
O trabalho realizado pela Sedes em parceria com o Instituto Ipês, diferentemente do que muitos pensam, não é retirar as pessoas das ruas, mas levar informações sobre seus direitos e fazer os encaminhamentos necessários. Pode ser, por exemplo, uma orientação sobre como solicitar um benefício social, como o Bolsa Família, o DF Sem Miséria ou o Cartão Prato Cheio; ou auxílio para emissão de documentos; ou encaminhamento para unidade de saúde.
“O trabalho é levar a assistência social para quem não conhece ou para quem não consegue chegar até ela”André Santoro, gerente de abordagem social e educador social
Para quem precisa, a vantagem é poder ter acesso rápido aos serviços do sistema de assistência social. Desde o início da pandemia, cidadãos acompanhados pelas equipes de abordagem social também podem fazer refeições gratuitamente nos 14 restaurantes comunitários do DF.
“O trabalho é levar a assistência social para quem não conhece ou para quem não consegue chegar até ela”, explica o gerência de abordagem social e educador social, André Santoro. Segundo ele, atualmente são 28 equipes de abordagem social com atuação em todas as regiões administrativas.
Cada uma delas é formada por cinco profissionais, inclusive pessoas que já estiveram em situação de rua e conhecem de perto a realidade. Há também a orientação de psicólogos e assistentes sociais, além do referenciamento por unidades da Sedes, como os Centros de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) e os dois Centros Pop, uma local de apoio para esses cidadãos durante o dia.
A Sedes estima que o número de cerca de 2,2 mil pessoas em situação de rua no DF se mantenha constante, porém o quantitativo é dinâmico. “Não são, necessariamente, os mesmos. Há quem esteja em situação de rua, mas tem algum endereço fixo. Tem situações de desabrigo temporário. Também há exemplos de quem consegue sair da rua, porém volta alguns meses depois”, conta André Santoro.
Santoro lembra ainda que, no Distrito Federal, há pessoas vindas de várias partes do país, que utilizam os serviços da assistência social do GDF antes de retornarem para suas cidades de origem.
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