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Tributo à Juliana

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Foi descerrada uma placa em homenagem à Juliana, que costumava levar outros moradores de rua para a escola e incentivava a todos que podia a buscar uma vida melhor | Foto: Divulgação/Secretaria de Educação

Em 10 de dezembro de 2020, Juliana da Cruz Costa, 32 anos, mulher trans, sem-teto, perdeu a vida por se negar a dividir um lanche com outro morador de rua, no Sudoeste, em Brasília. O que muita gente não sabe é que Ju também era muito estudiosa, uma guerreira, e, apesar de suas condições de vida bastante difíceis, apostava nos estudos, para um dia melhorar de vida. Já estava concluindo o ensino fundamental na Escola de Meninos e Meninas do Parque e pretendia seguir para a próxima etapa.

“Têm dois símbolos sendo inaugurados no dia de hoje que são muito importantes e caros pra gente, que são a diversidade e o respeito. E não é só o respeito com o caso da Ju, do combate a homofobia. É o respeito a todos e a todas com as suas igualdades e as suas diferenças”Leandro Cruz, secretário de Educação

Nesta terça-feira (20), a escola que tanto amava prestou uma bela homenagem a uma de suas estudantes mais ativas. Em uma cerimônia informal, com a participação do secretário de Educação, Leandro Cruz, foi descerrada a placa do Espaço de Acolhidas. Iniciativa que tem tudo a ver com a trajetória de Juliana, que costumava levar outros moradores de rua para a escola, incentivava a todos que podiam buscar uma vida melhor.

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Diversidade e respeito

O momento foi marcado ainda pela inauguração da Praça da Diversidade, em frente à escola. “Têm dois símbolos sendo inaugurados no dia de hoje que são muito importantes e caros pra gente, que são a diversidade e o respeito. E não é só o respeito com o caso da Ju, do combate a homofobia. É o respeito a todos e a todas com as suas igualdades e as suas diferenças. Cada um e cada uma tem absolutamente o direito de seguir a sua vida em paz, com tranquilidade com aquilo em que acredita, seja sua orientação, seja sua crença, seja o seu comportamento, o que for”, afirmou o secretário.

Na direção da escola desde 2012, Amélia Cristina de Araripe, contou que a perda de Juliana foi traumática também pelo fato de ser uma das estudantes com mais representatividade. A instituição atende 200 estudantes, sendo cinco transexuais.

Desde que foi fundada, em 1995, a Escola Meninos e Meninas do Parque tem por objetivo garantir o direito à escolarização de adolescentes, jovens e adultos que se encontram em situação de rua ou em instituições de acolhimento. A diversidade sempre foi um de seus principais focos e o trabalho se intensificou nos últimos dois anos.

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“Entre a população de rua também temos casos de racismo, homofobia e sexismo. Vem sendo uma experiência muito bacana, porque eles compreendem a importância da escola para si próprios e para os outros”, contou.

Também participaram da cerimônia o secretário executivo da pasta, Fábio Sousa, e a coordenadora regional do Plano Piloto, Edilene Abreu.

*Com informações da Secretaria de Educação

Fonte: Governo DF

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