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Transferência da capital do estado é o destaque da campanha Nossa História; Praça Cívica é um dos símbolos desse movimento

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Série é publicada todos os sábados no Facebook, Instagram e Twitter da Assembleia Legislativa. Postagem desta semana revela como foi a mudança da capital do estado da cidade de Goiás para Goiânia. 

Os livros de história contam que a ideia de transferir a capital, já vinha desde o século XVIII. Registros dão conta de algumas manifestações nesse sentido. Em 1754, quando o Brasil ainda era colônia de Portugal, o governador Conde dos Arcos, responsável pela administração de Goiás, escreveu ao governo português falando que seria melhor transferir a capital para o Arraial de Meia Ponte – hoje Pirenópolis.

No século seguinte, por volta 1830, Miguel Lino de Morais, o segundo presidente da Província de Goiás no período do Império, também expressou desejo de fazer a mudança da capital para Água Quente, porque, de acordo com ele, esse era um local mais promissor, uma região mais povoada e de comércio mais intenso. Posteriormente, o presidente do estado de Goiás, em 1890, Rodolfo Gustavo da Paixão, criticava a falta de infraestrutura da cidade de Goiás. 

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Interventor realiza a ideia

Porém, foi somente na primeira metade do século 20 que a ideia tomou forma e conseguiu, finalmente, se viabilizar. Com a Revolução de 1930 e a nomeação de Pedro Ludovico Teixeira como interventor do estado, o projeto se fortaleceu. 

A transferência atendia tanto aos interesses do governo federal, que queria avançar na exploração do interior do Brasil, quanto do interventor, que acreditava que a saída da capital da cidade de Goiás, reduziria o poder da família Caiado, que detinha a hegemonia política em Goiás até então.  

Em dezembro de 1932, Pedro Ludovico Teixeira criou uma comissão para avaliar o território de Goiás e escolher um lugar para abrigar a nova capital. Depois de analisadas as condições do terreno, foi decidido que a cidade seria criada no então município de Campinas, às margens do Córrego Botafogo, em uma área onde estavam as fazendas Criméia, Botafogo e Vaca Brava.  

Em 24 de outubro de 1933, data em que foi lançada a pedra fundamental da cidade, ficou marcada como a data de nascimento de Goiânia. A partir daí, a nova capital foi erguida com muito trabalho, muitas dificuldades, mas também com a marca de uma cidade moderna, antenada com o que acontecia nas metrópoles mundiais, especialmente da Europa. 

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Como importante articulador da mudança, o interventor Pedro Ludovico Teixeira emprestou seu nome a diversos logradouros da capital, entre eles a a praça central da cidade: a Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, mais conhecida como “Praça Cívica”.

Por sua importância histórica, a Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan) junto ao Acervo Arquitetônico e Urbanístico Art Déco de Goiânia. Formam o conjunto histórico tombado da Praça Cívica os edifícios e monumentos:

*Casa de Pedro Ludovico Teixeira
*Coreto
*Delegacia Fiscal
*Fontes Luminosas
*Fórum
*Museu Zoroastro Artiaga
*Obeliscos
*Palácio do Governo
*Procuradoria-Geral do Estado
*Secretaria-Geral
*Relógio da Av. Goiás
*Tribunal Eleitoral.

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