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Sessão desta terça-feira, 10

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A Assembleia Legislativa de Goiás realiza, nesta terça-feira, 10, a primeira sessão deliberativa da segunda semana do mês de maio. Na Ordem do Dia constam, para a apreciação do Plenário, 76 matérias que contemplam iniciativas parlamentares e do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). A sessão, com início às 15 horas, será realizada pelo sistema híbrido, com parte dos parlamentares no plenário do Palácio Maguito Vilela, e outra parte de forma remota.

Para a reunião, a pauta traz 32 projetos de lei de iniciativa parlamentar para votação definitiva e 42 em fase de primeira apreciação. Há, também, para análise dos deputados, em apreciação única, uma apresentação à Câmara dos Deputados, de uma Proposta de Emenda à Constituição Federal (PEC), e um processo legislativo de prestação de contas do TCE-GO, referente ao exercício de 2018.

Além destas matérias já constantes da pauta, o Plenário deve receber, também, outras 16 proposituras que foram apreciadas na CCJ no final do expediente na quinta-feira, 5. Destaque para a de nº 0901/22, que objetiva promover o avanço do setor cooperativista em Goiás. A matéria, assinada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSD), faz alterações na legislação estadual para estabelecer diretrizes e objetivos para o cooperativismo, criando um conjunto de regras voltadas para o incentivo à atividade cooperativista e ao seu desenvolvimento em Goiás. O objetivo é criar um conjunto de atividades que serão exercidas pelo poder público e instituições privadas, que beneficiarão, direta ou indiretamente, todos os ramos do setor cooperativista no desenvolvimento social, econômico e cultural.

O parecer favorável do relator, deputado Wilde Cambão (PSD), à matéria, foi aprovado na CCJ por unanimidade. Com isso, o texto segue agora para apreciação em plenário, em duas fases de votação.

Meio ambiente

Dentre os projetos já constantes da pauta, e que serão submetidos à votação definitiva, destaca-se o de nº 3886/19, proposto pelo deputado Paulo Trabalho (PL), que cria o selo “Empresa Sustentável, Meio Ambiente Equilibrado” que deverá ser conferido aos estabelecimentos comerciais que priorizem o uso de materiais comestíveis, biodegradáveis, reutilizáveis ou permanentes.

Entende-se, segundo o projeto, como estabelecimentos comerciais, lanchonetes, bares, restaurantes, comércios ambulantes, food trucks, quiosques, motéis, hotéis e outros. Os locais que forem contemplados com o selo poderão, a critérios dos órgãos públicos responsáveis, terão benefícios como redução em multas ambientais, preferência na contratação para eventos públicos, pontuação para participação em licitações públicas, descontos em taxas estaduais e até incentivos fiscais estaduais.

De acordo com Paulo Trabalho, o projeto tem o objetivo de incentivar o empresário goiano do ramo alimentício a priorizar o uso de materiais biodegradáveis e reutilizáveis para minimizar a degradação ambiental. “Sabe-se que a responsabilidade ambiental é um dever de todos, neste intuito, a proposta visa amenizar os danos ambientais causados pelo uso indiscriminado de recicláveis.”

O parlamentar defende o argumento com base nos impactos ambientais gerados pelo descarte inconsciente de copos e canudos plásticos. “Eles levam de 200 a 400 anos para se decompor. A reciclagem nem sempre é viável, pois há a necessidade de uma quantidade muito grande de copos plásticos, dificultando seu armazenamento, além de necessitarem de uma limpeza adequada para serem submetidos ao processo”, destaca.

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Defesa do consumidor

De autoria do deputado Talles Barreto (UB), consta da pauta, também em fase de votação definitiva, o projeto de lei nº 1474/19, que proíbe a oferta e a realização de contrato de empréstimo por ligação telefônica a idosos.  Talles justifica a iniciativa pela argumento de que, nos últimos anos, o número de idosos aumentou e as instituições financeiras vislumbraram uma fonte de obtenção de lucro através de empréstimos para esse público.

Segundo o parlamentar, uma das estratégias utilizadas por essas empresas é a realização de ofertas e contratações desse tipo de serviço por ligações, o que vem gerando, segundo ele, muitas reclamações de idosos que foram lesados. Além disso, a prestação do empréstimo feito por telefone “fere gritantemente os princípios norteadores do Código de Defesa do Consumidor e do Estatuto do Idoso”.

A propositura determina que, em caso de descumprimento da medida, haverá advertências ao estabelecimento infrator, podendo gerar multas caso houver reincidência. Segundo o texto, o valor da multa será aplicado gradativamente de acordo com a gravidade do fato e da capacidade econômica do infrator. As penalidades previstas no projeto serão aplicadas após regular procedimento administrativo, garantida a ampla defesa.

Ainda fica na responsabilidade do Poder Executivo estabelecer os atos que se fazem necessários à regulamentação da lei, determinando as formas de fiscalização de seu cumprimento. Foram apensados à propositura os projetos n° 2574/19, de autoria do deputado Wilde Cambão (PSD), e nº 3419/19, do deputado Amilton Filho (MDB). Se for aprovada na reunião, a medida estará apta a seguir para a sanção do governador Ronaldo Caiado (UB). 

Já no rol das propostas em fase de primeira apreciação e que também trata de regulamentar a relação entre empresas e clientes, está o projeto de lei nº 1096/19, assinado pela deputada Delegada Adriana Accorsi (PT), que obriga as empresas concessionárias do serviço de abastecimento de água no estado de Goiás a autorizarem a instalação de equipamento bloqueador de ar por parte do consumidor, localizado depois do hidrômetro na tubulação de seu imóvel. O objetivo é garantir a defesa do consumidor na contratação dos serviços de abastecimento de água potável e rede de esgoto.

Pela proposta, as despesas decorrentes da aquisição dos equipamentos e instalação correrão a expensas do consumidor, que também fica obrigado a pedir autorização junto a empresa fornecedora de água para instalar o equipamento e, ainda, utilizar aparelho patenteado e em acordo com a Portaria nº 246, item 9.4 do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

A parlamentar defende a iniciativa alegando que, apesar de não haver um valor devidamente auferido e estatisticamente comprovado, é de fácil evidência os prejuízos notadamente causados aos usuários do serviço de abastecimento de água, distribuída pelas empresas concessionárias e os consumidores que tem pagado por ar imaginando ser água.

Ela explica que a água, fornecida pelas concessionárias, é distribuída sobre pressão nas redes de abastecimento e, como a água é bombeada por ar, é comum e compreensível a presença de ar, em conjunto com a água, dentro das tubulações. “O que não podemos aceitar é o fato de que o consumidor pague por esse ar, imaginando ser água e no preço dessa, uma vez que o ar representa, pelo menos, cerca de 20% a 30% do consumo cobrado pelas distribuidoras”, defende Adriana Accorsi.

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Foi apensado ao projeto de lei o processo 1896/19, de autoria do líder do Governo na Casa, deputado Bruno Peixoto (UB). Para se tornar lei, a iniciativa precisa ser aprovada em duas fases de votação pelo Plenário da Assembleia Legislativa para então seguir à sanção do governador Ronaldo Caiado.   

Para mais informações sobre as matérias que devem ser apreciadas nesta terça-feira, 10, consulte a pauta prévia

Votações da última semana   

Na semana passada, os deputados realizaram um total de três sessões ordinárias. Nesses encontros, os parlamentares proporcionaram quórum qualificado para a votação de matérias e 36 deliberações foram feitas. Destaque para o aval definitivo do Plenário ao projeto da Governadoria que reajusta valores e prazos das bolsas científicas concedidas à pós-graduação pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

Além deste projeto da Governadoria, os parlamentares também deliberaram sobre 35 propostas assinadas por parlamentares, das quais, uma delas foi rejeitada. A negativa da Casa se deu ao processo que tratava de tornar obrigatória a transmissão ao vivo e pela internet das licitações realizadas pelo Poder Executivo. Ao todo, foram deliberados 17 processos em fase definitiva, quatro em primeira apreciação, e 15 pareceres favoráveis da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

Durante a última semana, ainda, entraram em tramitação na Alego outras 48 novas matérias. Dessas, 40 foram referentes a projetos de lei ordinária, sendo 36 de iniciativa parlamentar, e quatro assinadas pelo governador. Esses processos foram encaminhados para apreciação das comissões técnicas e podem constar, em breve, da pauta de votações do Plenário.  

Além desses, a Alego recebeu, ainda, dois vetos integrais do Executivo a projetos de lei aprovados anteriormente pelos deputados, um projeto de resolução de autoria parlamentar, um pedido de licença, um comunicado geral e um processo de prestação de contas. Foram protocolados também duas indicações de nomes para compor conselhos.

Sessões ordinárias

As sessões ordinárias constituem o calendário anual de trabalho legislativo e possuem a Ordem do Dia previamente designada, ou seja, têm uma pauta de votação. São realizadas normalmente às terças, quartas e quintas-feiras e compõem-se das seguintes fases: Abertura, onde são feitas apresentações de matérias e demais comunicações parlamentares; Pequeno Expediente; Grande Expediente; e a Ordem do Dia.     

Para garantir a transparência, o Legislativo goiano transmite, ao vivo, todas as sessões, e a população pode acompanhar os trabalhos pela TV Alego (canais 3.2 da TV aberta, 8 da NET Claro e 7 da Gigabyte Telecom) pelo site oficial do Parlamento estadual (portal.al.go.leg.br) e, ainda, pelo canal do Youtube.

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