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RJ: menina de Porto Real foi morta por golpes violentos, segundo hospital
No Rio de Janeiro , Ketelen Vitoria Oliveira da Rocha, de seis anos, morta por espancamento no dia 24 , foi internada em coma no Hospital São Francisco de Assis, em Porto Real, com sangramento no crânio, marcas compatíveis com queimadura de cigarro e vergões pelo corpo. Porém, internação teria ocorrido seis dias antes de sua morte e fraturas não foram detectadas em exames, o que chamou atenção da equipe médica que foi responsável pelo atendimento da menina e do diretor do hospital. As informações foram apuradas pelo Uol.
Segundo Fábio Silva, diretor administrativo da unidade de saúde, o comentário que circulava entre os profissionais de saúde e policiais do 37º BPM (Resende), que estavam envolvidos na ação de socorro a menina, era de que quem a espancou “ sabia bater ”.
“É como dizem na gíria popular, quando o agressor surra a vítima, tentando evitar a ruptura da ossatura. Porém, quem fez essa covardia, errou na mão, exagerou na dose dos ataques, e certamente não imaginava que Ketelen pudesse morrer”, contou Silva, em entrevista. Ele ainda ressalta que o autor das agressões teve o cuidado de não quebrar nenhum osso da vítima.
“Mas o conjunto de ações violentas, entretanto, foi tão intenso, que, além de marcas profundas na pele, acabaram resultando no óbito da vítima. Os exames [de tomografia] mostraram que ela respirava apenas através de um pulmãozinho. O outro já estava fechado. Os vergões sugerem surras recentes e antigas”, comentou Silva dizendo nunca ter visto nada parecido em termos de crueldade.
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De acordo com o boletim de internação da menina Ketelen no Hospital São Francisco de Assis, mostra o estado cruel das condições físicas que chegaram a impressionar os membros da unidade de saúde e indicam a brutalidade das agressões .
Conforme um trecho do documento, consta que a criança foi socorrida pela equipe do Samu e ela chegou no hospital “desacordada, não responsiva [termo usado quando a pessoa não reage a estímulos], com sinais de hematomas pelo corpo, especialmente na face, periorbitário [em volta dos olhos] , midriática [dilatação da pupila, causada por agentes externos], e Glasgow 5 [Índice usado para medir a consciência e a evolução das lesões cerebrais em um paciente. O grau 5, numa escala que vai de 3 a 12, significa coma grave]”.
No mesmo documento, também consta a realização de uma tomografia computadorizada e a transferência de Ketelen para uma UTI Pediátrica, sedada e entubada. Ela faleceu no Neovida – Centro Infantil de Terapia intensiva, clínica particular onde criança foi designada e teve as despesas pagas pela Prefeitura de Porto Real . Através de nota, a clínica informou que a causa da morte foi por uma parada cardiorrespiratória.
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