Nacional
Rio: lutador de jiu-jitsu é acusado de espancar morador de rua até a morte
![](https://gazetadoestado.com.br/wp-content/uploads/infocoweb/2021/03/09/thumbnail-for-294880.jpg)
![Câmeras de segurança registraram as agressões, ocorridas em 19 de dezembro do ano passado Câmeras de segurança registraram as agressões, ocorridas em 19 de dezembro do ano passado](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/83/vc/mi/83vcmip82tgvw2wifw3559f07.jpg)
O lutador de jiu-jitsu João Antonio Vieira de Souza, de 40 anos, é acusado de ter espancado até a morte um morador em situação de rua em Petrópolis, na Região Serrana do Rio . O crime aconteceu na madrugada de 19 de dezembro do ano passado. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento da agressões, que duraram pouco mais de um minuto. Filha do lutador, Jeniffer Soares Vieira de Souza, de 22 anos, também é acusada de envolvimento no crime.
De acordo com as investigações da 105ª DP (Petrópolis), Alexsander Costa de Oliveira, que estava drogado e alcoolizado, foi agredido até a morte após ter ameaçado Jeniffer e uma amiga. Um motorista de ônibus que foi ouvido pela polícia relatou que por volta das 2h15 do dia 19 de dezembro estava aguardando o momento de sair com o veículo do ponto, na Rua Caldas Viana, e percebeu que a vítima estava em “atitude intimidadora” perto de Jeniffer e da amiga. O motorista piscou o farol para as jovens para que ambas viessem para dentro do ônibus aguardar sua saída. As amigas se aproximaram e entraram.
A amiga de Jeniffer , identificada como Lavínia, relatou ao motorista que o homem estava “mexendo” com elas e disse que as mataria. Em seguida, segundo a testemunha, Alexsander começou a desferir socos contra o video da janela onde as meninas estavam sentadas. Após pedidos do motorista para que parasse de fazer aquilo, o morador em situação de rua se afastou. A testemunha afirmou que Alexsander aparentava estar muito bêbado ou drogado. As jovens seguiram viagem com o motorista mas, em determinado momento, Jeniffer viu seu pai andando pela rua e pediu que o condutor parasse o veículo.
Você viu?
A Polícia Civil concluiu que ao encontrar o pai, Jeniffer relatou a ele o ocorrido e ambos foram até o local onde a vítima estava dormindo. O crime aconteceu por volta das 2h40. Em imagens de câmeras de segurança, é possível ver o momento em que a jovem anda com o pai pela rua. O lutador para no local onde Alexsander dormia e começa a espancá-lo. As agressões duram um minuto e foram todas concentradas na cabeça da vítima , que morreu de traumatismo craniano.
Para a polícia , Jeniffer foi a responsável por apontar o morador em situação de rua para o pai, assim como o instigou a agredir a vítima. Além disso, ela é acusada de ter dado cobertura ao lutador enquanto as agressões ocorriam, monitorando o local do crime.
As imagens de câmeras de segurança mostram que o lutador vestia uma roupa escura, usava tênis vermelho e relógio laranja. Em busca e apreensão realizada na casa de João Antonio e Jeniffer, o tênis e relógio foram apreendidos.
Em seu relatório final, o delegado João Valentim Neto, titular da Delegacia de Petrópolis , frisou que as ameaças de Alexsander contra Jeniffer e a amiga eram “totalmente inofensivas e desprovidas de seriedade, levadas a efeito em decorrência do uso excessivo do álcool”. O delegado acrescenta ainda que o próprio motorista de ônibus afugentou a vítima sem muito esforço e ressalta que o morador em situação de rua em momento algum tocou nas jovens, praticou ou ameaçou praticar atos libidinosos ou obscenos.
João Valentim Neto ainda frisa, no relatório, que por ser lutador , João Antonio tinha consciência da gravidade dos golpes que aplicava na vítima, “e foi totalmente indiferente à vida alheia”.
João Antonio teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e está foragido. Já Jeniffer terá que cumprir algumas medidas cautelares, como a proibição de ter contato com testemunhas do processo. O lutador e a filha foram indiciados pela 105ª DP (Petrópolis) por homicídio duplamente qualificado. Eles já foram denunciados pelo Ministério Público estadual e viraram réus em processo na 1ª Vara Criminal de Petrópolis.
-
Edição Digital4 dias atrás
Edição 5779
-
Edição Digital2 dias atrás
Edição 5781
-
Edição Digital6 dias atrás
Edição 5777
-
Edição Digital5 dias atrás
Edição 5778
-
Edição Digital7 dias atrás
Edição 5776
-
Polícia6 dias atrás
Caso Dayara: perícia confirma que corpo encontrado é de vítima de feminicídio
-
Nacional5 dias atrás
Comissão do governo vai definir regras para transporte aéreo de pets
-
Brasil20 horas atrás
Brasil tem 7,6 mil comunidades quilombolas, mostra Censo
Você precisa estar logado para postar um comentário Entrar