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Nesta segunda-feira, 8, é celebrado o Dia Mundial do Urbanismo, data instituída em 1949 pela Organização das Nações Unidas (ONU), e hoje comemorada em mais de 30 países. No Brasil, ela foi oficializada em 1985, durante o governo do presidente José Sarney. A comemoração tem como princípio a promoção da sustentabilidade e da integração comunitária no planejamento das cidades. 

Sua motivação principal decorre da reivindicação feita, 15 anos antes, pelo professor e engenheiro argentino Carlos Maria Della Paolera, que era então diretor do Instituto de Urbanismo da Universidade de Buenos Aires. O pleito foi apresentado mediante manifesto, de sua autoria, intitulado El Simbolo del Urbanismo (O Símbolo do Urbanismo). 

O documento, que teve como referência conceitos expressos na Carta de Atenas, de 1938, criou, na ocasião, a bandeira do Urbanismo. Em suas cores estão simbolizados os elementos naturais essenciais à vida humana, quais sejam: o Sol, em amarelo; a vegetação, em verde; e o ar, em azul. 

Enquanto campo de estudo e prática profissional, o Urbanismo é a disciplina, e consequentemente a atividade, que se dedica à concepção de espaços urbanos, jardins, parques e paisagens, que projeta o crescimento das cidades e ordena o território. A explicação foi retirada da página oficial da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Goiás (FAU/UFG). 

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Goiânia, onde o curso está sediado, é uma das três principais referências brasileiras no ramo e se destaca como a segunda cidade planejada do país. A primeira foi Belo Horizonte e a terceira, Brasília. 

Fundada em 1933, para abrigar a nova capital do estado, no lugar da antiga e colonial Vila Boa de Goiás (atual cidade de Goiás), o município contou com projeto assinado pelo arquiteto Atílio Correia Lima, que foi o primeiro urbanista brasileiro de formação. A partir de 1935, o planejamento urbano de Goiânia sofreu alterações, levando, desta vez, as assinaturas dos irmãos Coimbra Bueno. 

A inauguração de Goiânia se deu durante o governo do então interventor de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, e integrou a política federal da Marcha para o Oeste, encabeçada pelo presidente Getúlio Vargas. Segundo planejamento traçado por Correia Lima, a pedra fundamental da nova cidade foi implantada onde hoje se encontra a sede do governo estadual, o Palácio da Esmeralda, localizado na Praça Cívica. A mudança da capital representa um marco do progresso e da modernização do Centro-Oeste brasileiro. 

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O projeto inicial de Correia Lima foi marcado pelo traçado modernista do art déco, que estava em evidência na época. As edificações, que resistiram ao tempo, constituem hoje um importante acervo urbanístico. Em 2003, um conjunto de 22 prédios e monumentos públicos localizados no núcleo central de Goiânia e do bairro de Campinas foi incorporado oficialmente ao Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

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