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Perspectivas do emprego no DF em debate

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“A geração de novos postos de trabalho está estritamente relacionada ao processo de vacinação da população e à retomada da economia, especialmente nos setores de serviços e comércio, que correspondem a 95% do PIB do DF”Jean Lima, presidente da Codeplan

O emprego e o desemprego no Distrito Federal foram o tema do debate virtual Tempo de Economia, promovido pela Secretaria de Economia. O evento, transmitido na quarta-feira (27) pelo canal da secretaria no YouTube, contou com a participação da secretária executiva de Acompanhamento Econômico da Secretaria de Economia, Patrícia Café; do presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), Jean Lima, e da diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da companhia, Clarissa Jahns Schlabitz.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego no DF (PED-DF), realizada pela Codeplan e pelo Dieese e apresentada na terça-feira (26) pelo canal da companhia no YouTube, mostra a redução de 0,7% na taxa de desemprego total na capital nos últimos 12 meses, passando de 18,4% para 17,7%. No mesmo período, a taxa de participação — proporção de pessoas com 14 anos e mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas — aumentou de 62,7% para 66,1%.

De setembro de 2020 a setembro de 2021, o aumento na ocupação ocorreu devido ao crescimento nos serviços, no comércio e reparação e na construção; e, segundo a forma de inserção, do aumento no assalariamento no setor privado (com e sem carteira assinada), do trabalho autônomo e do emprego doméstico, além do agregado ‘demais posições’ (empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais).

O presidente da Codeplan, Jean Lima, comentou sobre o monitoramento do mercado de trabalho no DF, a partir de três pesquisas: a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do IBGE; o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério da Economia; e a Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED), da Codeplan, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cuja metodologia permite dividir o DF em quatro regiões por critério de renda.

“A partir desses encontros, temos entendido as necessidades de cada setor, além dos debates com especialistas e dos dados levantados e apresentados pela Codeplan. Todo esse processo tem sido muito útil para pensarmos a economia do DF e a questão do emprego, que é uma prioridade do governo”Patrícia Café, secretária executiva de Acompanhamento Econômico

Para Jean, os dados dos últimos cinco meses são positivos e a tendência é que a taxa de desemprego continue caindo até o fim do ano. “A geração de novos postos de trabalho está estritamente relacionada ao processo de vacinação da população e à retomada da economia, especialmente nos setores de serviços e comércio, que correspondem a 95% do PIB do DF”, explicou.

A secretária executiva Patrícia Café destacou a importância das oficinas do Tempo de Economia, que vêm sendo realizadas com diversos setores econômicos. “A partir desses encontros, temos entendido as necessidades de cada setor, além dos debates com especialistas e dos dados levantados e apresentados pela Codeplan. Todo esse processo tem sido muito útil para pensarmos a economia do DF e a questão do emprego, que é uma prioridade do governo”, avaliou.

Comparação mensal (agosto-setembro)

No período, o quantitativo de desempregados diminuiu, devido ao acréscimo de 14 mil postos de ocupação, que superaram a entrada de 7 mil pessoas no mercado de trabalho. O aumento do contingente de ocupados decorreu do crescimento no número de postos de trabalho na construção e no setor de serviços, assim como de assalariados do setor público, do setor privado sem carteira assinada e dos empregados domésticos.

A PED aponta para um movimento de recuperação mais significativo do mercado de trabalho local, com redução da taxa de desemprego total, resultante do expressivo aumento do nível ocupacional em praticamente todos os setores da economia do DF. O único segmento que ainda indica variação negativa é o da indústria de transformação.

Ocupação

O nível de ocupação aumentou (1%). O contingente de ocupados foi estimado em aproximadamente 1,3 milhão de pessoas. Setorialmente, esse resultado decorreu do acréscimo no número de ocupados no setor de serviços (1,7%, ou 17 mil) e na construção (7,9%, ou 6 mil).

Houve redução no comércio e reparação (-2,4%, ou -6 mil) e a indústria de transformação pouco variou (-2,2%, ou -1 mil). O segmento da administração pública, por sua vez, cresceu (5,8%, ou 10 mil). “Percebemos uma recuperação generalizada da economia”, disse Clarissa.

“Percebemos uma recuperação generalizada da economia”Clarissa Jahns Schlabitz, diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan

PED na PMB

Na Periferia Metropolitana de Brasília, a Taxa de Desemprego Total ficou relativamente estável, ao passar de 20% para 20,2% da população economicamente ativa (PEA), entre agosto e setembro de 2021. No mesmo período, observou-se aumento do nível de ocupação em número menor que o crescimento da PEA, o que resultou em acréscimo do contingente desempregado.

Clarissa explicou o que difere a área metropolitana da periferia metropolitana: a primeira abrange os 12 municípios e ainda o DF, enquanto a periferia conta apenas com os 12 municípios. “Ao analisar o mercado de trabalho, precisamos olhar não apenas para o DF, mas também para a Periferia Metropolitana de Brasília”, explicou.

Em setembro de 2021, 132 mil pessoas estavam desempregadas na Periferia Metropolitana de Brasília, 2,3% a mais que no mês de agosto. O acréscimo do contingente de desempregados resultou do aumento no nível de ocupação (1,14% postos de trabalho) em número inferior ao crescimento da PEA (1,22% pessoas a mais no mercado de trabalho).

Como é realizada a PED

Realizada pela Codeplan e pelo Dieese, a pesquisa é resultado da visitação de cerca a 2.500 domicílios em toda a área urbana do DF, com a divulgação dos resultados por trimestres móveis. Esta última divulgação compreendeu os meses de julho, agosto e setembro.

Com a pesquisa, são fornecidas informações por quatro grupos de regiões administrativas da capital, além de dados detalhados segundo as características dos trabalhadores – como sexo, raça/cor da pele, setor de atividade e tipo de ocupação – tanto formais quanto informais.

A tendência de crescimento da ocupação no DF deve se manter nos próximos meses, período de sazonalidade positiva do mercado de trabalho (outubro, com Dia das Crianças, e dezembro, com as festas de final de ano). O gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Jusçanio Umbelino de Souza, destacou que os níveis de rendimento ainda se mantêm negativos. “Caíram no período de pandemia e mais recentemente foram impactados pelo aumento da inflação”, esclareceu.

*Com informações da Codeplan

Fonte: Governo DF

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