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Paratleta brasiliense segue para marcar presença em Tóquio
“Estudei no Centro de Ensino Fundamental 404 e lá tive um acompanhamento muito bom para deficientes visuais na sala de recursos” Rayane Soares Silva, paratleta
A celebração de conquistas tem sentido ainda mais forte quando é fruto de amor e dedicação. Rayane Soares Silva é o exemplo da paixão que move os sonhos. Ela foi estudante da rede pública de ensino do Distrito Federal durante toda a trajetória escolar e, aos 24 anos, vai para Tóquio, no Japão, participar das paraolimpíadas.
“Meus sonhos estão se tornando realidade e eu me sinto muito feliz”, diz a jovem animada para representar o Brasil nas provas de 100 e 400 metros. “Acho que não tem sensação melhor. Independentemente das marcas que eu vou fazer lá, só de estar indo já é uma grande conquista.”
A dificuldade de enxergar levou Rayane até o paratletismo. Ela começou a correr em uma estrada de barro, no Recanto das Emas. Em 2019, foi para São Paulo, onde treina até hoje nas pistas oficiais de borracha. No mesmo ano, ganhou medalha de ouro no mundial de Dubai, que garantiu a vaga em Tóquio.
Um caminho de amor
“Quando ela foi à escola mostrar as medalhas, eu chorei de emoção. Rayane só trouxe felicidade para a gente” Paulo Rogério Ramos, diretor do CEF 404 de Samambaia Norte
O que mais marca a trajetória da atleta é o amor. Aos 16 anos, começou a namorar com o atleta Jean Paulo Abreu, que, à época, já corria. Foi o namorado que incentivou a jovem a começar no esporte.
A rotina de treinos em São Paulo faz com que a saudade de Brasília aumentasse. Rayane fala da vontade de voltar para perto dos pais, do namorado, dos seis irmãos, e espera construir uma casa na cidade natal.
Educação com acompanhamento
O ensino médio foi um período difícil, mas Rayane lembra com carinho do apoio escolar nos anos iniciais e no ensino fundamental. “Estudei no Centro de Ensino Fundamental 404 (CEF 404), de Samambaia Norte, e lá tive um acompanhamento muito bom para deficientes visuais na sala de recursos” conta. “Tudo que era colocado no quadro, a equipe me ajudava passando para a folha. Essa foi a escola que me ajudou e me apoiou muito”.
O diretor do CEF 404, Paulo Rogério Ramos, fala de Rayane com admiração: “Quando ela foi à escola mostrar as medalhas, eu chorei de emoção. Agora, choro de novo com ela classificada para as paraolimpíadas. Rayane só trouxe felicidade para a gente”.
*Com informações da Secretaria de Educação
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