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Palestra promovida pela Escola do Legislativo, nesta 4ª-feira, 9, abordou tecnologia e mudanças nas relações de trabalho

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Nesta quarta-feira, 9, a Escola do Legislativo ofereceu o curso Tecnologias da Informação e Comunicação no Teletrabalho. A palestra, que foi transmitida ao vivo pelo YouTube, discutiu as mudanças no cotidiano por meio do uso das ferramentas de tecnologia de informação e comunicação, as TICs. O encontro é fruto de uma parceria entre a Escola do Legislativo e as Diretorias de Gestão de Pessoas e de Tecnologia da Informação da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Ao dar início a palestra, a chefe da seção Pedagógica, Milena Alves Costa, ressaltou que o objetivo é mostrar como tais ferramentas estão mudando o perfil do trabalho. “Também iremos abordar como essa dinâmica tem mudado o dia a dia, envolvendo essas tecnologias”, realçou. 

O palestrante, Teruã Luiz Gonçalves, servidor efetivo da Alego lotado na assessoria adjunta de Desenvolvimento de Sistemas, trabalhou os conceitos de tecnologia, informação e comunicação. A fim de facilitar o aprendizado, ele exemplificou como conjunto de recursos tecnológicos entre si: computadores, celulares, TV (digital, assinatura, ip), e ainda, LoT, BigData e CloudComputing, entre outros. Teruã é formado em Engenharia da Computação pela UFG e pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação pela Faculdade Unyleya.

“Tecnologia gera informação, com um volume grande e o que fazer com ela, qual a utilidade? A partir daí, o que antes era TI, tornou-se o termo TIC, ou seja, mensagem é enviada, recebida e interpretada entre emissores e receptores. Não existe comunicação se eu não conseguir interpretar a mensagem enviada”, frisou. “Temos a tecnologia, a informação, mas a comunicação anda falha. Talvez seja uma coisa a se aperfeiçoar. É muita informação e pouca compreensão”, lembrou ao assinalar a necessidade de melhorias na comunicação entre as pessoas. 

O especialista fez um apanhado histórico em que mostrou que o teletrabalho existe desde a crise do petróleo desde os anos 70, com uma prestação de serviço descentralizada, por meio do uso de tecnologias que existiam à época, a exemplo do fax e do telefone. “O trânsito também é um fator importante. Ainda a inserção das mães no mercado de trabalho”, assinalou ao explicar que o período era de inserção da mulher. “Foi uma forma encontrada para que as mulheres pudessem trabalhar”, disse. “Por outro lado, a redução de custos passou a ser um diferencial de competitividade”, afirmou. 

O especialista também abordou a legislação, que é recente, voltada a tratar do teletrabalho, previsto na Constituição pela Lei nº 13.467, de 2017, em seu artigo 75-B. Teruã pontuou as definições do teletrabalho, esclareceu algumas das suas particularidades, e ainda o que o diferencia do home office.

Pandemia e TIC

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“Nossas relações vinham mudando no decorrer do tempo, mas a pandemia foi o catalisador dessas mudanças. O novo coronavírus acelerou essas transformações”, evidenciou o gestor de TI, ao assinalar as pesquisas realizadas no mercado no que tange, inclusive, aos investimentos de empresas. “O que vemos é que o trabalho móvel não vai voltar”, afirmou. “Se ele responder um e-mail de casa, é trabalho móvel”, ressaltou, ao apontar os caminhos que os Estados Unidos realizam com cerca de 50% da força de trabalho em atuação de forma remota. Já no Brasil são 40,5% que atuam dessa mesma maneira. “A nossa projeção para continuidade é grande”.

A preferência dos trabalhadores pela continuidade é grande. “A produtividade continua. Além disso, muitos não querem retornar ao trabalho presencial”, explica ao ressaltar que acredita na continuidade desse modelo de trabalho. “Há um interesse mútuo tanto do empregador quanto do empregado. É vantajoso para ambos. Inclusive, vários setores passaram a lucrar mais com a pandemia do que antes”, disse. 

Dentre as mudanças proporcionadas, está o investimento em e-commerce. “Muita gente não estava vendendo. Com o novo modelo, passou a vender mais por meio do uso das ferramentas de vendas on-line”, enunciou e complementou as alterações proporcionadas ao ressaltar como exemplos de TIC atuais: ao EaD, automação de produção e atendimento, inteligência artificial, BigData, Internet das Coisas (IoT), Matrix Bookin.  

Já entre as mudanças práticas, Teruã pontuou as alterações no Judiciário, com o uso de ferramentas tecnológicas para a realização de audiências. “A tecnologia da informação mudou isso. Criou mais facilidade. Estão sendo feitas mais de 600 audiências por dia”, ressaltou ao comemorar a possível celeridade dos processos judiciais. 

Alego

No Legislativo goiano, as mudanças foram em relação às licenças. “A gente se antecipou à pandemia, com a migração para as nuvens. Quando veio a pandemia, a gente não sofreu muito. Foi um passo muito importante do nosso Legislativo ao fazer o investimento. Essa é a tendência, de tudo ir para as (Clouds) nuvens”, ressaltou. 

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Teruã também assinalou a importância do trabalho que tem sido feito pela Escola do Legislativo, ao proporcionar a realização dos cursos à distância. Ele também prevê a continuidade das aulas remotas no ensino convencional, e ainda a possibilidade de exercícios físicos. Além de vislumbrar infinitas possibilidades de interação para o desempenho do trabalho de forma remota. Profissionais de saúde e educação são contemplados, e ainda por meio do uso de realidade aumentada, a realização de turismo, além do treinamento oferecido na área médica. 

O gestor de TI apresentou um vídeo sobre o ambiente de simulação de situações reais no aprendizado de alunos de medicina. “A realidade aumentada também tem mudado a nossa forma de consumir. Vai mudar nossa interação com o mundo, principalmente na área comercial”, avaliou. 

Mas não é só na medicina, educação, justiça e relações comerciais, que estão a aplicação da tecnologia, que também chegou ao campo para contribuir com informações sobre a produção. A ordenha também é feita por um robô, que também é programado para fornecer a dieta específica para cada vaca. “É a tecnologia auxiliando na alta da produtividade na roça”, analisou.

Teruã tratou da série de medidas de segurança necessárias, e nem sempre feitas de forma correta, além de tratar da dificuldade de muitos profissionais para se adequarem às mudanças que aconteceram de forma rápida. “Essa dificuldade para muitos professores ainda é uma realidade”, afirmou. 

Emissão de certificados

A atividade, com carga horária de duas horas (45 minutos corresponde a 1 hora/atividade), terá emissão de certificado. Para obter o documento, os participantes dessa atividade devem fazer uma captura de tela (print), durante a realização da live e encaminhar a imagem, bem como o número de matrícula, no caso de servidores da Alego, além de nome completo, para o e-mail da escola: [email protected], com especificação na área assunto, qual é o tema da palestra, a fim de confirmar a participação e obtenção do certificado do curso.

O prazo para envio das informações, por parte dos participantes para obtenção do certificado é de, no máximo de 48 horas. Já a escola terá um prazo de cinco dias úteis para providenciar o envio do certificado para o e-mail dos participantes.

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