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OVG ampara vítimas de queimaduras 

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O Governo de Goiás, por meio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), oferece apoio social para minimizar o sofrimento e reforçar a recuperação de vítimas de queimaduras. A instituição é referência na confecção e doação de malha compressiva. A peça não é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um modelo inteiro pode chegar a mais de R$ 1 mil.

 A OVG doa a malha para crianças e adultos dos 246 municípios goianos e até de outros Estados. São beneficiadas pessoas que não têm condições financeiras para comprar a malha compressiva. Cada vítima de queimadura recebe duas unidades da peça, que precisa ser usada 24 horas, em alguns casos por até dois anos.

A coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS) e presidente de honra da OVG, primeira-dama Gracinha Caiado, afirma que a Organização trabalha de forma a promover o bem-estar, a humanização e a qualidade de vida de todos aqueles que mais precisam, inclusive vítimas de queimadura. “É todo um trabalho em conjunto. No Hugol, essas pessoas recebem o tratamento que se faz necessário. Depois, a OVG disponibiliza a malha compressiva. Nesse processo todo, Goiás tem o diferencial de prestar um atendimento especializado, humanizado e que visa a recuperação plena e a reinserção dessa vítima na vida social.”

Malha ajuda na recuperação

 Vítima de um acidente doméstico com álcool, Thany Amanda Santos Soares, de 10 anos, teve 53% do corpo queimado. A família morava em Canarana, no Mato Grosso, e há cinco meses está em Goiânia, morando de favor, para que a menina possa se tratar.

 A mãe da menina, Ane Caroline dos Santos Soares, 30, conta que lá não haveria condições da filha se tratar. “Peguei mais três filhos e vim. Sou agradecida demais ao Governo daqui e à OVG. Estamos vivendo do Bolsa Família e meu filho do meio foi recentemente diagnosticado com câncer. Então, eu não conseguiria nem trabalhar para comprar essa malha que a Thany tem que usar, porque preciso, também, cuidar dele.”

O eletricista Valdivino Pereira de Morais, 35, conta do alívio que sentiu em saber que poderia ganhar da OVG a malha compressiva. Pai de quatro filhos, ele está há quatro meses sem poder trabalhar porque teve parte da face, o braço e a mão direita queimados. “Moro de aluguel em Teresópolis de Goiás. A situação não está fácil. Sem a malha, eu não conseguiria me curar totalmente”, afirma.

Valdivino Pereira conta que o médico responsável pelo seu tratamento explicou que sem a malha compressiva o processo de recuperação celular da área atingida não seria possível. Isso porque sem o uso da malha compressiva, os tecidos da pele podem ficar rígidos ou juntos demais, havendo o risco da limitação de movimentos e favorecer a formação de queloide.

Aumento na produção

Para ganhar da OVG a malha compressiva, as vítimas de queimadura precisam apresentar documentos pessoais e receita médica com todas as especificações de como a peça, feita sob medida, deve ser confeccionada. “A malha compressiva precisa ter elasticidade, fibras fortes para manter a pele no lugar correto e proteger contra os danos causados pelo sol, já que, devido à descamação em graus da pele, ela atinge uma sensibilidade mais delicada aos extremos de temperatura, seja no frio ou no calor”, explica Marlúcia Divina de França, costureira da Coordenação de Produção da OVG e assistente social.

Ela informa que, atualmente, mais de 90% das vítimas de queimadura apoiadas pela OVG são encaminhadas pela Unidade Especializada a Vítimas de Queimaduras do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), ligado à rede estadual de saúde, e que a procura pela peça cresceu, consideravelmente, desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Marlúcia Divina conta que, em grande parte, as pessoas que chegam procurando a malha compressiva são vítimas de acidentes domésticos. Muitas pessoas estão ficando mais em casa como uma das formas essenciais de se evitar a transmissão da doença. Além disso, aumentou a incidência de queimaduras após o uso incorreto do álcool líquido 70%, indicado para a higienização das mãos.

 Antes da Covid-19, a Coordenação de Produção da OVG realizava, mensalmente, cerca de 45 atendimentos. Agora, a média chega a 60. Além de fabricar a peça no prazo de até 10 dias, a Organização, caso seja necessário, também realiza ajustes.

A diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, conta que a produção de malhas traz muito orgulho à Organização.  “Cuidamos de pessoas, entre as quais muitas crianças, que trazem a marca do sofrimento no corpo. Colaborar para a recuperação dessas pessoas nos dá mais perseverança para seguirmos com o nosso trabalho.

 Fonte: OVG- GO

Fonte: Governo GO

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