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MG: professor que manteve mulher em condições análogas a escravidão foi demitido
O professor Dalton Siqueira Milagres Rigueira, acusado de manter por 38 anos Madalena Gordiano em regime análogo à escravidão , foi demitido da Fundação Educacional de Patos de Minas (Fepam). A entidade, que é atrelada ao Centro Universitário de Patos de Minas, confirmou informação sobre o desligamento de Dalton dos cursos de veterinária e zootecnia. As informações foram apuradas pelo Uol.
No fim de dezembro do ano passado, ele já havia sido afastado de cargo e passou a responder na Justiça trabalhista logo após Madalena ter sido resgatada de sua residência, em Patos de Minas, Minas Gerais . Com isso, o apartamento da família foi posto à venda para conseguir pagar a indenização de Madalena, que espera decisão em Uberaba. No momento, apenas a ação trabalhista está correndo, mas sem previsão para desfecho.
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No mês passado, as duas partes deram início a negociação. A família Milagres Rigueira estaria disposta a entregar imóvel, que segundo eles, está avaliado em cerca de R$ 600 mil e acarreta uma dívida, já parcelada de R$ 190 mil. Porém, Madalena foi quis aceitar acordo com o argumento de que o valor é menor do que o indicado e que após quitação de residência, sobraria aproximadamente R$ 200 mil.
De acordo com a assessoria de imprensa da Fepam , a demissão do professor é confirmada, mas eles não quiseram se pronunciar sobre o que levou tal decisão. Por meio de seu advogado Brian Epstein Campos, Dalton afirma que “lamenta estar sofrendo os efeitos de uma sentença condenatória de um processo que sequer iniciou”.
A ação trabalhista leva em consideração o pagamento dos anos em que Madalena prestou serviços para a família sem receber remuneração. Sua equipe jurídica avalia a possibilidade de entrar com um processo por danos morais. As autoridades ainda não desenvolveram inquérito, porém, possibilidade não está descartada. Ainda por ter feito empréstimos no nome de Madalena, Dalton pode ser denunciado por estelionato .
Na quinta-feira (04), aconteceu a última audiência feita pelo Ministério Público do Trabalho entre as duas partes. Seção durou cerca de 2h30 e terminou sem acordo. A próxima audiência entre Madalena e a Família Milagres Rigueira será na próxima semana na Procuradoria Geral do Trabalho de Patos de Minas.
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